Influência da adubação sobre a composição botânica e sobre a produção de pastagens

Abstract

The effect of liming and fertilization of pastures established in low lying areas was studied. Rates of 1 ton of limestone, 150 kg of ammonium sulphate and 300 kg of rock phosphate/ha were applied on pastures which had been established 5 years previously and subjected to poor management. The pastures were composed of several species which were classified in 3 groups; more useful, intermediate and less useful. During the first 2 years the pastures were grazed by woolless sheep and botanical composition and animal production data were collected. During the third year the pastures were grazed by yearling calves and only animal production was measured. The proportion of molasses grass (Melinis minutiflora), common Bermuda grass (Cynodom dactylon) and legumes increased in the fertilized pastures, while Bahia grass (Paspalum notatum), "Batatais" strain, increased considerably in the unfertilized pastures. In the unfertilized pastures there was an invasion by Sapé (Imperata brasiliensis) an important weed-grass in South-Central Brazil. For sheep the daily gain in live weight per animal on the fertilized pastures was 37 g with a carrying capacity of 6 head/ha and a production of 77.7 kg of live weight/ha/year. On the unfertilized pastures, these values were 24 g/animal/day, 3.5 head/ha and 30.7 kg of live weight/ha/year. Five sheep from unfertilized pastures died. The sheep utilized in this experiment showed poor capacity for gain and for this reason economic analysis was not made for this period. In the third year, calves were maintained on the pastures for a period of 224 days during the summer. The calves on the fertilized pastures had a daily gain/animal of 399 g live weight with a carrying capacity of 2.66 head/ha and a total production of 237.7 kg of live weight/ha. On the unfertilized pastures, daily gain per animal was 100 g of live weight with a carrying capacity of 2.44 head/ha and a production of 54.7 kg of live weight/ha for the period. During this period the difference in animal production gave a return of 21% above the costs of fertilization.No Instituto de Pesquisa Agropecuária do Centro-Sul, na denominada "Baixada  Fluminense", foram estudados os efeitos da aplicação de 1 t de calcário, 300 kg de fosfato de Olinda e 150 kg de sulfato de amônio por hectare em pastagens estabelecidas há cinco anos e submetidas a manejo pouco apropriado. Essas pastagens eram compostas por diversas espécies, que foram classificadas em três grupos: mais valiosas, intermediárias e menos valiosas. Nos dois primeiros anos, usaram-se ovinos deslanados. Nesse período, mediu-se periodicamente a composição botânica e a produção animal. No terceiro ano, em que se trabalhou com bezerros de aproximadamente um ano de idade, apenas mediu-se a produção animal. A adubação teve efeito favorável sobre a vegetação: aumentou a área coberta por vegetação, a área coberta por forrageiras e a percentagem de plantas mais valiosas. A proporção do capim gordura (Melinis minutiflora Pal de Beauv.), do capim de burro (Cynodon dactylon (L.) Pers) e das leguminosas aumentou com a adubação, enquanto que nas parcelas não adubadas houve um aumento considerável de grama forquilha (Paspalum notatum Flugge), também conhecida como grama Batatais, bem como uma invasão de sapé (Imperata brasiliensis Trin.), considerada uma das principais invasoras de pastagens da região Centro-Sul do país. A adubação proporcionou um ganho de peso dos ovinos de 37 g por dia por animal, com lotação de seis animais por hectare, dando uma produção de 77,7 kg de peso vivo por hectare, por ano. Nas pastagens sem adubo, esses números foram 24 g/dia/animal, 3,5 animais por hectare e 30,7 kg de peso vivo por hectare por ano. Os animais se revelaram maus ganhadores de peso e, por esse motivo, não se fez a análise econômica relativa a esse período. Houve morte de 5 animais, sempre em pastagens não adubadas. No terceiro ano, os bezerros das pastagens adubadas, num período de 224 dias, correspondente à época de maior produção de forragem, apresentaram ganho diário de 399 g por animal, com lotação de 2,66 animais por hectare, sendo a produção animal, no período, de 237,7 kg por hectare. Nas pastagens não adubadas, o ganho diário por animal foi de 100 g, a lotação de 2,44 animais por hectare e a produção animal de 54,7 kg por hectare. A diferença de produção obtida nesse 3.° ano pagaria a adubação, deixando ainda um lucro de 21% sobre o custo dos adubos e de sua aplicação

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