Análise socioespacial de uma favela em Florianópolis (SC): a comunidade Vila do Arvoredo

Abstract

Florianópolis – a “Ilha da Magia” – carece de planejamento, nas suas diversas escalas espaciais, com especial destaque para as regiões com maior pressão imobiliária, como os balneários turísticos e de veraneio. Pensar em planejamento territorial é pensar nas dinâmicas socioespaciais passadas, presentes e futuras e que grandes objetivos elas devem ter. Considerando a organização do espaço como resultado de territorialidades formatadas espaço-temporalmente, com ativa intervenção humana, é preciso analisar o que Santos (1977) apresenta como Formação Sócio-Espacial (FSE). O presente trabalho, objetiva verificar o perfil socioespacial das famílias de uma favela, mais exatamente, uma comunidade instalada irregularmente, de forma muito precária, em uma Área de Preservação Permanente (APP), composta por dunas, no balneário de Ingleses, localizado no nordeste da parte insular de Florianópolis (SC). A coleta de dados foi concretizada através da aplicação de questionários e trabalho de campo (visitas ao local). Posteriormente, os dados foram tratados pelo processo da estatística descritiva. Como resultados relevantes pode-se destacar: i) contradição entre expectativa por trabalho e melhoria da qualidade de vida e a condição atual de carência vivida pelas famílias; ii) a existência de alto nível de desemprego; iii) a frequência de baixa escolaridade e iv) o processo de ocupação e expansão recente na Comunidade

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