Identificando as escalas de variabilidade da comunidade de macroinvertebrados bentônicos na bacia do rio Forqueta, RS

Abstract

O estudo da estrutura das comunidades de macroinvertebrados bentônicos considerando múltiplas escalas espaciais tem sido atualmente um dos principais objetos de estudo na ecologia de bentos. Objetivou-se neste estudo analisar a variabilidade da comunidade de macroinvertebrados bentônicos em três escalas espaciais (rio, segmento de rio e mesohábitat) na bacia do rio Forqueta (RS, Brasil), enfatizando quais escalas espaciais melhor explicam a estrutura da comunidade nesta bacia. Investigou-se a porcentagem da variabilidade na riqueza de organismos pode ser explicada pelos descritores ambientais locais e quais influenciam na estrutura da comunidade. As amostragens seguiram um delineamento amostral hierárquico. Foram amostrados oito segmentos de rio, formados pelos mesohábitats: corredeira e remanso, no verão de 2008. A nested Anova mostrou que a comunidade de macroinvertebrados bentônicos varia nas três escalas analisadas, sendo que a comunidade está estruturada principalmente de acordo com a escala de mesohábitat. A Análise de Redundância parcial (pRDA) evidenciou alcalinidade, condutividade, dureza, sólidos totais dissolvidos e temperatura da água como os descritores que mais contribuíram para explicar a estrutura espacial da comunidade. A partilha da variância mostrou que 12,5% da variabilidade da comunidade foi explicada puramente pelos descritores ambientais. Os resultados mostram a correspondência entre a distribuição das comunidades de macroinvertebrados bentônicos e os descritores ambientais, demonstrando a importância das variações em mesoescala para o estudo da distribuição destes organismos

    Similar works