A economia mundo capitalista e as relações comerciais sino brasileiras

Abstract

O presente trabalho faz uma análise qualitativa – a partir de pesquisa bibliográfica a artigos correlatos e em fontes com dados primários como documentos oficiais e relatórios publicados por entidades de governo – das relações comerciais e políticas, entre Brasil e China no período de 1964-2015 com objetivo de esclarecer em que medida há uma relação horizontal ou vertical entre os agentes nos últimos anos. Para isso, buscou-se descrever e analisar as relações históricas, comerciais e políticas entre eles pelo prisma da Teoria do Sistema Mundo, associando-as às prerrogativas conceituais das Relações Internacionais. A relevância se dá pelas transformações ocorridas no sistema internacional quando da alçada da China ao status de potência global e da influência do país asiático no ambiente latino americano. O escrutínio dividiu a relação bilateral entre os períodos de 1964-2000 e de 2001 2015, já que se considera que entre o primeiro período analisado e o segundo há evidente transformação no comportamento da relação entre os países, principalmente devido suas relações comerciais. A pesquisa constata que no início das relações sino-brasileiras houve maior engajamento em iniciativas de cooperação para o desenvolvimento por meio de ações de cooperação técnica com características consideradas de perspectiva Sul-Sul. Entretanto, nos últimos anos, nota-se uma maior disparidade nessa relação como consequência do aumento do intercâmbio comercial, e, em decorrência disso, uma maior dependência brasileira às exportações para a China, impactando diretamente nas relações políticas, além de um impacto nas práticas da relação de cooperação até então imposta. Ao fim, conclui-se que a interação entre Brasil-China passa a ter novas características no século XXI sendo visível uma verticalização desta relação, devido ao incremento do intercâmbio comercial

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