A participação na gestão da escola pública : uma análise comparada Brasil-Urugua

Abstract

A participação na gestão da escola pública tem se apresentado como uma estratégia que fortalece os vínculos da escola com a sociedade, garantindo que os próprios atores escolares sejam os protagonistas na construção de sentidos para as políticas. Esta dissertação se propôs a analisar a política para a participação na gestão da escola pública em dois países da América Latina, Brasil e Uruguai. Com o propósito de compreender como as escolas de tais países implementam políticas escolares a fim de fortalecer a participação na gestão da escola, foi elaborado o seguinte problema de pesquisa: quais as possíveis relações entre a legislação educacional e a prática escolar ao se considerar a participação como elemento da gestão? O referencial teórico utilizado pretendeu dar conta da relação entre a gestão democrática e participativa como um elemento que fortifica o papel da escola pública como espaço que produz justiça escolar e uma formação crítica dos sujeitos de direitos (FRASER, 2008; BATISTA, 2018b) e a escola conservadora, que, tradicionalmente, produz injustiça escolar ao reproduzir as desigualdades sociais presentes na sociedade capitalista, bem como uma formação para o consenso e o conformismo social (BOURDIEU, 2007; PARO, 2016; BATISTA, 2018a). A metodologia utilizada é composta pelo diálogo entre metodologias como: a educação comparada, que permitiu um olhar epistemológico tanto do local para o global quanto do global para o local (SCHRIEVER, 2002); a análise de conteúdo, que foi utilizada para examinar os documentos extraindo destes os seus sentidos e significados (BARDIN, 1977); a análise de políticas, que se baseou na noção de ciclo de políticas, tomando como categorias analíticas a noção de textos escrevíveis e prescritíveis (BALL, 1982; MAINARDES, 2006). Ao comparar as legislações educacionais sobre os Conselhos Escolares e Consejos de Pariticpación, os resultados da pesquisa apontam que uma norma, ainda que prescritiva, portanto, mais fechada às ressignificações, se for construída de maneira democrática, com todos os atores afetados atribuindo-lhe sentido, possibilita uma maior efetividade da política no contexto da prática. Já uma norma produzida sem a participação dos atores locais, mesmo sendo uma norma mais escrevível, portanto, mais aberta à ressiginificação, pode apresentar baixa efetividade no contexto da prática escolar.La participación en la gestión de la escuela pública se ha presentado como una estrategia que fortalece los vínculos de la escuela con la sociedad, garantizando que los propios actores escolares sean los protagonistas en la construcción de sentidos de las políticas. Esta disertación se propuso analizar la política para la participación en la gestión de la escuela pública en dos países de América Latina, Brasil y Uruguay. Con el propósito de comprender cómo las escuelas de estos países implementan políticas escolares a fin de fortalecer la participación en la gestión de la escuela, se elaboró el siguiente problema de investigación: cuáles son las posibles relaciones entre la legislación educativa y la práctica escolar al considerar la participación como elemento de la gestión? El referencial teórico utilizado pretendió dar cuenta de la relación entre la gestión democrática y participativa como un elemento que fortifica el papel de la escuela pública como espacio que produce justicia escolar y una formación crítica de los sujetos de derechos (FRASER, 2008, BATISTA, 2018b) la escuela conservadora, que tradicionalmente produce injusticia escolar al reproducir las desigualdades sociales presentes en la sociedad capitalista, así como una formación para el consenso y el conformismo social (BOURDIEU, 2007; PARO, 2016; BATISTA, 2018a). La metodología utilizada está compuesta por el diálogo entre metodologías como: la educación comparada, que permitió una mirada epistemológica tanto del local para el global y del global para el local (SCHRIEVER, 2002); el análisis de contenido, que fue utilizado para examinar los documentos extrayendo de éstos sus sentidos y significados (BARDIN, 1977); el análisis de políticas, que se basó en la noción de ciclo de políticas, tomando como categorías analíticas la noción de textos escribibles y prescribibles (BALL, 1982; MAINARDES, 2006). Al comparar las legislaciones educativas sobre los Consejos Escolares y los Consejos de Pariticpación, los resultados de la investigación indican que una norma, aunque prescriptiva, por lo tanto, se resigna más, si se construye de manera democrática, y todos los efectos le dan sentido , permite una mayor efectividad de la política en el contexto de la práctica. Las normas producidas sin la participación de los afectados, mientras una norma mas escrebible, por lo tanto, más abierto a las interpretaciones, puede tener poca efectividad en el contexto de la práctica escolar

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