Mestrado em EconomiaEsta tese investiga a relação entre estrutura das exportações e crescimento
económico.
Neste trabalho testamos a hipótese de que as exportações têm um impacto
diferenciado no crescimento económico, consoante o nível tecnológico que os
produtos exportados incorporem, sendo que se espera que sejam
especialmente as exportações de alta tecnologia que contribuam mais
significativamente para o crescimento económico. Para testar esta hipótese,
neste trabalho seguimos alguns dos modelos existentes que exploram a
relação entre a composição das exportações e o crescimento económico, que
na sua maioria derivam do modelo de Feder (1983).
O estudo empírico foi aplicado nos Países de Coesão cobrindo o período de
1996 a 2008.
Os resultados da aplicação do modelo empírico mostram que as exportações
têm um impacto diferenciado de acordo com a intensidade tecnológica dos
produtos. No entanto, ao contrário do que estaríamos à espera, para os casos
estudados e no período considerado, as exportações de baixa tecnologia
parecem ter sido as que mais contribuíram para o crescimento económico. no
que diz respeito às restantes variáveis explicativas, o capital humano, as
importações totais reais e o trabalho apresentam um impacto positivo e
significativo.
Os países considerados no nosso estudo, embora da OCDE, apresentam
debilidades e elevados desafios de convergência, pelo que não será de
estranhar as semelhanças dos nossos resultados com os dos obtidos em
estudos aplicados em economias em desenvolvimento.
O estudo contribui para o conhecimento empírico numa temática ainda
relativamente pouco explorada. Finalmente, o nosso estudo poderá ser objecto
de aprimoramento no futuro. O estudo restringe-se a um conjunto de países,
mas poderá estender-se aos novos países membros da EU.This thesis investigates the nexus between the structure of exports and
economic growth. It tests the hypothesis that exports have a differentiated
impact upon growth along with the technological intensity of the exported
products. On this regard, we expected high tech exports in specific to
contribute mostly to growth. To test this hypothesis, we follow some previous
works which are mainly based on the work of Feder (1983).
The study focuses on the Cohesion countries during the period 1996-2008.
The econometric results confirm that exports have indeed a differentiated
impact when we considerer their technological intensity. However, we found
low tech exports to be positive and significantly related to economic growth.
Otherwise, the other type of exports were found not significant. As far as the
other variables, labour, human capital and real imports were found to have had
a positive and significant impact upon growth.
The countries considered in our analysis have strong structural limitations and
face high challenges for convergence. As such, it is not surprising that our
results are similar to those obtained by a number of studies focused on
emerging countries.
The study expands the empirical Knowledge in the thematic that has been
relatively overlooked. Finally, our study can be improved and expanded in the
future, more specifically by covering new members of the EU