Perceptions of politics: a South African case

Abstract

A maior parte das teorias sobre o político em África baseia-se, de uma maneira ou de outra, sobre o pressuposto de uma distinção fundamental entre uma forma de dominação ocidental, burocrática e formal, e uma dominação africana muito mais personalizada. Este artigo propõe-se contribuir para o debate, examinando em detalhe concreto, num projecto de desenvolvimento urbano em Durban/África do Sul, a interacção destes dois modos de compreender o político. A existência das duas lógicas é identificada no caso, senda o forma legal representada pela organização encarregada de promover o desenvolvimento, e a forma personalizada pelas organizações comunitárias. Verifica-se, porém, que as duas concepções do político são menos dicotómicas do que parece à primeira vista. Com efeito, a introdução de relações patrimoniais foi condicionada pelo quadro legal, e os recursos utilizados para estabelecer o podes dos líderes comunitários foram postos à sua disposição pelo quadro legal.Most theories of politics in Africa rest in some way on the assumption of a fundamental distinction between a western bureaucratic, legal form of domination, and an African domi nation that is much more personalised. This article sets out to contribute to the debate by examining in concrete detail the interaction of these two understandings of politics in an urban development project at Durban/South Africa. Both logics are identified in the case, where the development organisation represents the legal form and community organisations the personalised form. It appears however that the two conceptions of politics are less dichotomical than it first would seem. In fact, the patrimonial relations that were introduced were conditioned by the legal framework, and the resources that went into establishing power as community leaders were made available because of the legal framework.La plupart des théories de la politique en Afrique se fondent d'une manière ou de l'autre sur l'hypothèse d'une distinction fondamentale entre une forme de domination occidentale, bureaucratique et formelle, et une domination africaine beaucoup plus personnalisée. Cet arti cle se prose de contribuer au débat en examinant en détail concret, dans un projet de développement urbain à Durban/Afrique du Sud, l'interaction de ces deux façons de comprendre le politique. Les deux logiques y sont identifiées, la forme légale étant représentée par l'organisa tion chargée de promouvoir le développement et la forme personnalisée par les organisations communautaires. Il apparaît cependant que les deux conceptions du politique sont moins dichotomiques qu'il ne semble à première vue. En fait, l'introduction de rapports patrimoniaux a été conditionné par le cadre légal, et les ressources utilisées pour établir le pouvoir des leaders communautaires ont été mises à leur disposition par le cadre légal

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