Dos galhos às grades: cotidiano e relações interespécies no “Bosque”. Reflexões sobre as interações face a face entre humanos e macacos-de-cheiro (Saimiri sciureus sciureus) na cidade (Belém-PA)

Abstract

A partir da experiência etnográfica junto às paisagens do zoo do Bosque Rodrigues Alves, na cidade de Belém (PA), nos voltamos às relações entre humanos e não humanos, mais diretamente às interações cotidianas entre tratadores, biólogos, médicos veterinários e a espécie de primata conhecida por mico-de-cheiro (Saimiri sciureus sciureus), bem como as interações com os visitantes e transeuntes que deambulam no interior e no entorno da área verde, envolvendo cuidados sob a ótica do bem-estar animal, no caso da equipe da fauna, até as relações de comensalismo, possibilitando experiências multissensoriais entre humanos e micos, apontando para deslocamentos quanto à perspectiva e às atitudes em relação aos não humanos na urbe amazônica.Based on the etnographic experience in the zoo of Bosque Rodrigues Alves, in the city of Belém (PA), we focus on the relationships between humans and non-humans, specifically the daily interactions between carers, biologists, veterinarians and the primate specie known as squirrel monkey (mico-de-cheiro) (Saimiri sciureus sciureus), as well as the interactions with the visitors and passersby that walk in and around the green area, involving the care for the animals’ well-being, in this case the fauna team, and even the relationships of commensalism, allowing multisensorial experiences between humans and monkeys, pointing to the displacement of perspectives and attitudes towards the non-humans in the urban Amazônia

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