bitstream/item/59293/1/CPATU-ComTec101.pd

ALBUQUERQUE, F. C. de

KITAJIMA, E. W.

NOVAES, Q. S.

POLTRONIERI, L. S.

RESENDE, J. A. M.

TRINDADE, D. R.

Infoteca-e

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaMinistério da Agricultura e do AbastecimentoCentro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia OrientalTrav.Dr. Enéas Pinheiro s/n, Caixa Postal 48,Telex (091) 1210, Fax: (091) 226.9845 - CEP 66.095-100e-mail: cpatU@cpatu.embrapa.brDinaldo Rodrigues Trindade'Luiz Sebastião Poltronieri"Fernando Carneiro Alnuquerque"Queimo S. Novaes"Jorge A M, Resende4Elliot W. Krtajirna"N~101, fevereiro/99, p.1-2OCORRÊNCIA DO VíRUS DO ENDURECIMENTO DOS FRUTOSDO MARACUJAZEIRO NO ESTADO DO PARÁA cultura do maracujazeiro é uma das mais importantes no Estado doPará, ocupando urna área de 5.460 ha, distribuíd.a em vários municípios (CapitãoPoço, Maracanã, Igarapé-Açu, Aurora do Pará, Tome-Açu, Redenção, Santa Isabeldo Pará, Curuçá, Santo Antônio do Tauá, Barcarena, Santarérnl, com produtividademédia de 9 t/ha. Cerca de 80% dos frutos são comercializados pelas indústriascomo, Amafrutas, Kibon e Maguari, e o restante é vendido diretamente no Ceasalocal.O maracujazeiro amarelo (Passiflora' edutis Sims f. flavicarpa Oeg.)representa 95% da produção e o restante é do tipo roxo (P; edulis). Nos anosagrícolas de 97/98, foi constatada, nos municípios de Capitão Poço e Igarapé-Açu,a ocorrência de plantas com sintomas foliares de clarearnento das nervuras,mosaico e faixa-das-nervuras nas -folhas, e que produziam frutos menores edeformados, causando prejuízos da ordem de 20% da produção.Foram colhidas amostras das plantas com sintomas e enviadas à ESALO,onde foram feitos ensaios para identificar a causa desta enfermidade. Testessorológicos de PTA-ELlSA usando anti-soros contra o vírus do endurecimento dosfrutos- ("passion fruit woodiness virus"-PWV) (produzidos na ESALO e naUniversidade de Brasflia) foram utilizados ..Além dos testes sorolóqícos. extratos foliares contrastadosnegativamente com acetato de uranila foram exar:ninadosao microscópio eletrônico.de transmissão (MET), revelando- a presença de partículas alongadas flexuosas de10-12 nm x 700-BOO 11m.Secções ultrafinas de tectdofollar examinadas' ao METmostraram a consistente ocorrência de inclusões cilindricas do tipo I de Edwardson'Eng.- Agr., Doutor, Pesquisador da Embrapa Amazônia' Oriental, Caixa Postal 48, CEP 6601 7-970, 6elém, PA.2Eng._Agr., M.Sc., Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental.3Eng._ Agr., M.Sc., Escola Superior de Agricultura Luiz de Oueiroz, Caixa Postal'9, CEP 13418-900, Piracicaba, SP.4Eng._ Agr., Doutor, Escola Superior de Agricultura Luiz de Oueiroz.,..------------------- COMUNICADO TÉCNICOno citoplasma, em células do parênquima do mesófilo e epiderme. Estes dados.indicam fortemente que essas amostras estavam infectadas pelo PWV (Taylor &Greber, 1973), cuja constatação inicial no Brasil se deu no Estado da Bahia (Chagaset alo 1961) e, atualmente, em quase todas as áreas produtoras de maracujá noPaís (Kitajima, 1998) e, sem registro, no Estado do Pará.Como houve aquisição de mudas dos Estados da Bahia e Minas Gerais, éprovável que o PWV tenha sido introduzido no Estado do Pará através de mudasinfectadas, pois, o vfrus está presente nessas regiões e aparentemente não étransmitido pelas sementes. Como a transmissão do PWV por afídeos é do tiponão-persistente, o controle químico torna-se limitado. Entretanto, a aplicação deinseticidas a base de Parathion metílico e Metamidofós poderão controlar apopulação do inseto, evitando, assim, a transmissão dentro da cultura. Outrasmedidas para retardara disseminação do PWV são: evitar o uso de mudasproduzidas nas áreas onde o PWV foi constatado; proibir a introdução de materialvegetativo de outros estados e realizar inspeções nas plantas invasoras e dasvizinhanças do pomar, objetivando constatar possíveis origens tanto do vírus comodos vetores, e assim, isolar a cultura do maracujazeiro a alguns metros do vírus.Essas medidas poderão representar um ganho no controle da doença. A longoprazo, deve-se buscar populações melhoradas, tolerantes aoPWV, nas condiçõesdo Estado do Pará, e procurar estirpes fracas que possam ser utilizadas paraproteção. Tais medidas devem permitir a convivência com esta virose no Estado doPará.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCHAGAS, C.M.; KITAJIMA, E,W.; UN, M.T.; GAMA, M.I.C.S.; YAMASHIRO, T.Grave moléstia do maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg) noEstado da Bahia, causada por um isolado do vírus do "Wood,iness"do maracujá.Fitopatologia Brasileira, v.6, p.259-268, 1961. 'KITAJIMA, E.W. Fitoplasmas do maracujazeiro no Brasil. In: RUGGIERO, C., ed..Cultura do maracujá: do .plantio a colheita. Jaboticabal: FUNEP,1998. p.230-243.TAYLOR, R.H.; GREBER, R.S. Passion fruit woodness-PWV. CMI. Descriptions ofPlant Viruses, n.122, 1973.

Ocorrência do vírus do endurecimento dos frutos do maracujazeiro no Estado do Pará.

http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/376237/1/CPATUComTec101.pdf

Ocorrência do vírus do endurecimento dos frutos do maracujazeiro no Estado do Pará.

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