As relações de gênero no processo político-organizativo em um assentamento organizado pelo MST no sul de Minas Gerais

Abstract

The goal of this paper is to identify contributions of women's participation in public and private spaces of a settlement organized by the MST, located in the municipality of Guapé in the southern state of Minas Gerais. The proposal is justified because the social construction of gender relations are affirmed and ratified in the most diverse productive spheres and the daily, so, they have created an ideology of gender roles expected and socially accepted about how men and women should act and behave appropriately, in addition, the sexual division of labor is surrounded by hierarchical power relations, where there is unequal valuation of women compared to men. The study was conducted based on semi-structured interviews, focus groups, document analysis, and mainly on participant observation. In conclusion, we perceive a significant presence of women in the management of the settlement. However, it also fixed relational patterns are reproduced patriarchal gender order, which naturalize male and female traditional roles, especially in the domestic domain where relations between men and women still seem to us uniquel.O objetivo deste artigo é identificar contribuições da participação de mulheres nos espaços público e privado de um assentamento organizado pelo MST, localizado no município de Guapé na região sul do estado de Minas Gerais. A proposta se justifica, pois a construção social de relações de gênero é afirmada e ratificada nas mais diversas esferas do cotidiano e produtiva, ou seja, criou-se uma ideologia de papéis de gênero esperados e socialmente aceitos acerca de como os homens e as mulheres devam agir e se comportar apropriadamente. Além disso, a divisão sexual do trabalho é cercada por relações de poder hierarquizadas, onde há valorização desigual do feminino frente ao masculino. A pesquisa qualitativa foi realizada com base em entrevistas semiestruturadas, grupos focais, análise de documentos e principalmente na observação participante. Como conclusão, percebemos uma expressiva atuação de mulheres na gestão do assentamento. No entanto, também são reproduzidos padrões relacionais fixos da ordem patriarcal de gênero, os quais naturalizam atribuições femininas e masculinas tradicionais, sobretudo no espaço doméstico onde as relações entre homens e mulheres ainda nos parecem desiguais

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