Rubbo, Rubiane da Campo

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

COMPORTAMENTO INICIAL DE PEREIRAS (PYRUS spp.) DE BAIXO REQUERIMENTO DE FRIO HIBERNAL EM ELDORADO DO SUL

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2018: SIC - XXX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICADA UFRGSAno 2018Local Campus do Vale - UFRGSTítulo COMPORTAMENTO INICIAL DE PEREIRAS (PYRUS spp.) DEBAIXO REQUERIMENTO DE FRIO HIBERNAL EM ELDORADO DOSULAutor RUBIANE DA CAMPO RUBBOOrientador GILMAR ARDUINO BETTIO MARODINCOMPORTAMENTO INICIAL DE PEREIRAS (PYRUS spp.) DE BAIXO REQUERIMENTO DE FRIO HIBERNAL EM ELDORADO DO SUL Rubiane Da Campo Rubbo¹, Gilmar Arduino Bettio Marodin² ¹ Aluna de graduação da Faculdade de Agronomia (rubianedcr@hotmail.com) ² Professor orientador da Faculdade de Agronomia (marodin@ufrgs.br) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)  A produção de peras é historicamente insuficiente para atender a demanda interna no Brasil, o que nos torna dependentes da importação, principalmente de países vizinhos do Mercosul. Embora a pereira seja considerada uma cultura importante como alternativa para diversificação dos cultivos em regiões de clima temperado, como a região Sul do país, o desempenho produtivo mostra-se irregular ao longo dos anos, principalmente devido aos problemas de frutificação. O Rio Grande do Sul possui a maior área colhida no Brasil e, de acordo com o zoneamento agroclimático, as regiões são consideradas aptas ao cultivo, desde que as cultivares utilizadas apresentem requerimento em frio de acordo com a ocorrência do local. A introdução e avaliação de novas cultivares e porta-enxertos, nos diferentes locais, é fundamental para a identificação de materiais com maior aptidão para as condições climáticas das diferentes regiões. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento vegetativo e a produção de seleções de pereiras com baixo requerimento em horas de frio, nas condições edafoclimáticas da Depressão Central do Rio Grande do Sul. O experimento foi conduzido na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, localizada em Eldorado do Sul, onde testaram-se seleções e cultivares dos programas de melhoramento do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Embrapa Clima Temperado e algumas cultivares tradicionais. Os materiais testados foram: IAC - Triunfo, Centenária, Seleta, Primorosa e Tenra; Embrapa Clima Temperado: Seleção 2.93, Sel. 3.98, Sel. 4.98, Sel. 6.93, Sel. 6.98, Sel. 9.93, Pyrus 1 e Cascatense; Cultivares tradicionais: Teen, Garber e Leconte. As pereiras foram enxertadas sobre Pyrus calleryana e plantadas diretamente no campo, em 2012, em espaçamento de 1,5 x 4,0 m. As plantas foram conduzidas em sistema líder central. O delineamento é o inteiramente casualizado, com 3 plantas para cada material. Avaliou-se o crescimento vegetativo, através da medição com paquímetro digital da área da secção transversal de caule, aproximadamente 15 cm acima da enxertia; a intensidade de floração, através da contagem de cachos florais por planta durante a floração; a produção, pesando-se todos os frutos por ocasião da colheita e a qualidade de fruto, quantificando-se o ºBrix através de refratômetro digital. Após quatro anos de observações, as cultivares do IAC, Centenária e Triunfo, apresentam alto crescimento vegetativo e rápida formação da copa, o que pode ser um aspecto favorável na fase inicial do pomar. Porém, mais tarde verificou-se que a intensidade de floração foi baixa nestas cultivares, possivelmente relacionado ao excesso de vigor. A maior intensidade de floração foi observada nas pereiras ‘Sel. 2.93’, ‘Sel. 6.93’ e ‘Garber’, as quais exibiram também maior produção acumulada, com exceção da ‘Garber’ que apresentou problemas de frutificação. Os maiores valores de ºBrix foram observados nos frutos das pereiras ‘Centenária’ e ‘Leconte’, sendo de 12,0 e 11,6, respectivamente. Os resultados apontam a possibilidade de cultivo de peras nas condições da Depressão Central do RS, com destaque para as seleções 2.93 e 6.93, que apresentam alta produção de frutos e crescimento vegetativo moderado sobre o porta-enxerto de P. calleryana. 

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