Furlaneto, Daiana Silveira

Hohendorff, Raquel Von

Oliveira, Moira Ansolch da Silva

Lume 5.8

 Ciências Agrárias  183  USO POTENCIAL DA DOSAGEM DE CORTICOSTERONA FECAL COMO PARÂMETRO DE MEDIDA DE BEM ESTAR PARA BUGIOS (ALOUATTA SPP) CATIVOS. Daiana Silveira Furlaneto, Moira Ansolch da Silva Oliveira, Raquel Von Hohendorff, Andre Silva Carissimi (orient.) (Departamento de Medicina Animal, Faculdade de Veterinária, UFRGS). Os primatas do gênero Alouatta não se adaptam facilmente ao cativeiro e com certa freqüência desenvolvem a síndrome da má adaptação, quadro caracterizado por anorexia, caquexia e morte, como conseqüência do estresse crônico. Os hormônios corticosteróides são liberados pelo córtex da glândula adrenal em situações de estresse e excretados nas fezes, obedecendo um ciclo circadiano. Para espécies de primatas de interesse biomédico, como sagüis, rhesus e chimpanzés, os metabólitos de corticosteróides excretados nas fezes já foram identificados e são espécie dependentes, no entanto para outros primatas ainda são necessárias maiores pesquisas. Nosso trabalho 082 procurou estudar a possibilidade do uso da dosagem de corticosterona fecal como parâmetro de medida do bem estar promovido pela aplicação de técnica de enriquecimento ambiental aos bugios mantidos em cativeiro no Parque Zoológico do Rio Grande do Sul. Seis animais (dois Alouatta caraya e outros quatro Alouatta guariba clamitans) tiveram suas primeiras fezes da manhã coletadas duas vezes por semana num período de 105 dias, quando uma técnica de enriquecimento ambiental do tipo alimentar (com três diferentes apresentações) foi aplicada e avaliada. As fezes foram congeladas e enviadas ao laboratório de dosagens hormonais do Departamento de Reprodução Animal da Universidade de São Paulo, onde foram submetidas a técnica de extração e dosagem de corticosterona por radioimunoensaio. Os resultados demonstraram uma grande variação na quantidade de corticosterona liberada nas fezes entre os animais e entre as diferentes etapas do experimento, porém estatisticamente não demonstraram relação com o bem estar promovido e observado durante a aplicação do enriquecimento ambiental. Várias hipóteses foram levantadas para essa correlação negativa, porém nas condições em que o estudo foi realizado a dosagem de corticosterona fecal não se mostrou um parâmetro confiável para medida de bem estar de bugios mantidos em cativeiro. (PIBIC/CNPq-UFRGS). 

Portuguese

Uso potencial da dosagem de corticosterona fecal como parâmetro de medida de bem estar para bugios (Alouatta spp) cativos

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/39856/1/000398729.pdf

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