Gerchman, Fernando

Piccoli, Giovana Fagundes

Portuguese

Lume 5.8

36ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE              141  Clin Biomed Res 2016; 36 (Supl.)     P 2186 Relação entre a espessura da coróide na tomografia de coerência óptica e alterações metabólicas em indivíduos com diferentes graus de tolerância à glicose Giovana Fagundes Piccoli; Fernando Gerchman - HCPA  Introdução: A retinopatia diabética (RD) é uma das principais causas de cegueira no mundo, sendo relacionada às alterações progressivas na vascularização da retina. A camada coróide tem um papel crucial no fornecimento de sangue à retina externa e, de acordo com descobertas experimentais, uma disfunção da sua homeostase parece desempenhar um papel no desenvolvimento de RD. Objetivos: Comparar espessura central da coróide em indivíduos com diferentes graus de tolerância à glicose. Métodos: Em um estudo transversal, indivíduos (n=30, 25 mulheres, idade 56.4 ± 13.1; média±DP) foram submetidos a teste oral de 2 horas de tolerância a 75g de glucose (TOTG) e classificados de acordo com critérios da ADA: 6 com tolerância à glicose normal [TGN], 11 com pré diabetes [PDM], 13 com diabetes tipo 2 [DM]. Espessura central da coroide foi mensurada por tomografia de coerência óptica de domínio spectral (Spectralis OCT) e imagem em profundidade melhorada (EDI) em 59 olhos e retinografia não midriática foi realizada para exame de retina. Síndrome metabólica (SM) foi classificada de acordo com os critérios da International Diabetes Federation (IDF), 23 participantes tinham SM. Hemoglobina glicada (A1c) e albuminúria (em amostra) foram mensuradas. Valor P <0.05 foi considerado significativo. Resultados: A espessura central da coroide foi 262.75 ± 18.66μm (média±DP) no olho direito e 259.51 ± 17.99 μm no olho esquerdo. A espessura da coroide diminuiu com o decréscimo da tolerância à glicose nos olhos direito (TNG 328.0 ± 121.1μm vs PDM 287.7 ± 85.2μm vs DM 213.4 ± 82.1μm; p=0.04) e esquerdo (TGN 335.1 ± 107.0μm vs PDM 257.5 ± 91.5μm vs DM 217.8 ± 80.1μm; p=0.03). Grupo com SM apresentou coroide mais fina em ambos os olhos (direito: sem SM 330.0 ± 118.8μm vs SM 251.3 ± 87.0μm, p=0.17; e esquerdo: sem SM 334.5 ± 107.4μm vs SM 240.2 ± 85.6μm, p=0.03). Enquanto os níveis de A1c foram inversamente relacionados com a espessura da coroide no olho esquerdo (r=-0.422; p=0.02), essa relação não foi estatisticamente significativa à direita (r=-0.312; p=0.10). Houve uma tendência à diminuição da espessura da coroide relacionada ao aumento na taxa de excreção de albumina na urina (r=-0.432; p=0.07). Retinopatia diabética moderada e severa não foi encontrada na retinografia. Conclusão: Esse é o primeiro estudo que sugere que as alterações patológicas da espessura coroidal podem ser marcadores precoces da retinopatia diabética em indivíduos com alteração no metabolismo da glicose e DM. Unitermos: Tolerância à glicose; Espessura da coroide; Síndrome metabólica       

Relação entre a espessura da coróide na tomografia de coerência óptica e alterações metabólicas em indivíduos com diferentes graus de tolerância à glicose

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/165604/1/001006715.pdf

Relação entre a espessura da coróide na tomografia de coerência óptica e alterações metabólicas em indivíduos com diferentes graus de tolerância à glicose

Abstract

Similar works

Full text

Available Versions

Lume 5.8

Universidade Federal do Rio Grande do Sul