Benetti, Fernando

Carpes, Pâmela Billig Mello

Menezes, Jefferson

Neves, Ben-Hur Souto das

Nunes, Thaila

Souza, Mauren Assis de

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

O enriquecimento ambiental como fator de prevenção dos déficits mnemônicos associados à deprivação maternal

Lume 5.8

 36  Anais - IV Simpósio de Atualização em Fisiologia do Sistema Nervoso e IV Mostra de Projetos em Fisiologia  O ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL COMO FATOR DE PREVENÇÃO DOS DÉFICITS MNEMÔNICOS ASSOCIADOS À DEPRIVAÇÃO MATERNAL  Jefferson Menezes¹, Ben-Hur Neves¹, Thaila Nunes¹, Fernando Benetti²; Mauren Souza³, Pamela Mello-Carpes4  ¹ Acadêmicos curso de Fisioterapia – Unipampa ² Professor do UFRGS. PPG Fisiologia ³ Pós-doutoranda PPG-Bioquímica- Unipampa – Co-orientadora 4 Professora da Unipampa. PPG Bioquímica – Orientadora  jefferson.gpfis@gmail.com  Introdução: A deprivação maternal (DM) pode ocasionar danos a longo prazo devido à perda do estímulo materno no início da vida. Já o enriquecimento ambiental (EA) é amplamente utilizado para proporcionar estímulos aos animais. Objetivo: Avaliar os déficits mnemônicos causados pela DM e os efeitos do EA na prevenção deles. Materiais e Métodos: Foram utilizados 40 ratos Wistar machos a partir do dia de nascimento. Os ratos foram divididos em 4 grupos (n=10): (i) Controle; (ii) Deprivados; (iii) Submetidos ao EA; e, (iv) Deprivados e submetidos ao EA. A DM foi realizada nos 10 primeiros dias de vida, sendo a mãe retirada da caixa-moradia 3h/dia. O EA foi realizado entre os dias 21 e 80, utilizando objetos-estímulo diversos, trocados a cada 15 dias, sem realização de atividades físicas. Aos 3 meses de idade foram avaliadas a memória aversiva (esquiva inibitória –EI) e a memória de reconhecimento (reconhecimento de objetos – RO). A análise estatística dos resultados da EI foi realizada através do teste de Kruskall-Wallis e post-hoc de Dunn para comparação entre-grupos, e teste de Wilcoxon para comparação intra-grupo; os resultados do RO, mensurados pelo percentual de tempo de exploração dos diferentes objetos, através do teste t de uma amostra (média teórica 50%). Foram considerados significativos valores de P≤0,05. Resultados: Houve diferença entre os grupos no teste de EI (P=0,02). Os ratos deprivados apresentaram déficit na memória aversiva (P=0,06; treino x teste EI) e o EA preveniu estes déficits (P=0,001; treino x teste EI). A deprivação também causou déficit na memória de RO, visto que o percentual de tempo gasto na exploração do objeto novo e familiar no teste não diferiu nos animais deprivados (P=0,31). No entanto, tal déficit foi evitado pela exposição ao EA (P=0,03). Conclusão: O EA é uma potente ferramenta para prevenir déficits mnemônicos causados pela deprivação maternal. Apoio: Edital PROCAD/CAPES.  

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