Santos, Sabrina Moura dos

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo PALEOECOLOGIA E VARIAÇÃO DA SALINIDADE DA LAGOA DO SOMBRIO  (SANTA CATARINA) DURANTE O HOLOCENO, COM BASE EM DIATOMÁCEASAutor SABRINA MOURA DOS SANTOSOrientador PAULO ALVES DE SOUZA PALEOECOLOGIA E VARIAÇÃO DA SALINIDADE DA LAGOA DO SOMBRIO (SANTA CATARINA) DURANTE O HOLOCENO, COM BASE EM DIATOMÁCEAS  Sabrina Moura dos Santos (Autor) / UFRGS Paulo Alves de Souza (orientador) / UFRGS  Resumo Diatomáceas são protistas cujo exoesqueleto é formado por uma parede celular de sílica potencial à fossilização e com grande utilidade na análise das mudanças paleoambientais e na reconstrução das variações do nível do mar. O objetivo desta pesquisa é interpretar dados paleoambientais e estabelecer a variação temporal da salinidade da Lagoa do Sombrio durante o Holoceno, com base nestes microfósseis . Foi realizada a preparação de 12 amostras de 1 cm³ de sedimento com espaçamento de 50 cm entre cada, provenientes de um testemunho de sondagem de 570 cm de comprimento (PCSC-01) armazenado no Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, Departamento Paleontologia e Estratigrafia, IGEO/UFRGS, o qual foi obtido na Lagoa do Sombrio, cidade de Santa Rosa do Sul (29º10’43,68’’S - 49º44’57,09’’W), Planície Costeira de Santa Catarina (Holoceno da Bacia de Pelotas). As amostras foram selecionadas abrangendo as variações da composição do sedimento, as quais, segundo a literatura são correspondentes com variações do nível do mar. Entre os vários métodos existentes para realizar o processamento de limpeza das frústulas, foi escolhido o que permitisse uma boa preservação das mesmas. Assim, as amostras foram preparadas seguindo uma técnica que utiliza Permanganato de Potássio, reagente que em 24 h, oxida a matéria orgânica contida no sedimento orgânico não consolidado, com posterior acréscimo de Ácido Clorídrico que elimina o excesso do produto. Para um melhor resultado, foi necessária a utilização de Peróxido de Hidrogênio na segunda etapa de limpeza e também uso de peneira de 0,35 mm para eliminar os restos vegetais. Após este processo, cada amostra foi lavada seis vezes deixando precipitar 24 h e guardadas em recipiente de polietileno devidamente rotulado. Nas etapas seguintes serão preparadas: i. lâminas permanentes de cada amostra, utilizando o Nafrax como método de colagem, ii. o reconhecimento das espécies de cada lâmina e o levantamento das características morfométricas de, no mínimo, cinco indivíduos de cada espécie, iii. identificação e estabelecimento da densidade de cada espécie por amostra, iv. registro fotográfico em microscópio de luz e microscópico eletrônico de varredura quando for necessário, v. reconstrução da salinidade e análise paleocológica. (Bolsa PIBIC CNPq-UFRGS) 

PALEOECOLOGIA E VARIAÇÃO DA SALINIDADE DA LAGOA DO SOMBRIO  (SANTA CATARINA) DURANTE O HOLOCENO, COM BASE EM DIATOMÁCEAS

Evento Salão UFRGS 2016: SIC - XXVIII SALÃO DE INICIAÇÃOCIENTÍFICA DA UFRGSAno 2016Local Campus do Vale - UFRGSTítulo PALEOECOLOGIA E VARIAÇÃO DA SALINIDADE DA LAGOA DOSOMBRIO (SANTA CATARINA) DURANTE O HOLOCENO, COMBASE EM DIATOMÁCEASAutor SABRINA MOURA DOS SANTOSOrientador PAULO ALVES DE SOUZAPALEOECOLOGIA E VARIAÇÃO DA SALINIDADE DA LAGOA DO SOMBRIO (SANTA CATARINA) DURANTE O HOLOCENO, COM BASE EM DIATOMÁCEAS  Sabrina Moura dos Santos (Autor) Paulo Alves de Souza (Orientador)  Universidade Federal do Rio Grande do Sul  Diatomáceas são protistas cujo exoesqueleto é formado por uma parede celular de sílica que permanece no sedimento após sua fossilização. Além disso, possuem distribuição ampla nos ambientes aquáticos, muitas das quais requerem condições específicas de salinidade, condutividade, pH e temperatura, entre outros. Essas restrições ambientais são utilizadas na análise das mudanças paleoambientais e na reconstrução das variações do nível do mar. Desse modo, o objetivo deste trabalho é analisar a paleoecologia e a variação temporal da salinidade da Lagoa do Sombrio, Santa Catarina, durante o Holoceno com base nestes microfósseis. A Lagoa do Sombrio (29°10’43,68’’ S – 49°44’57,09’’ W) está localizada na Planície Costeira do Sul de Santa Catarina e faz parte da Bacia de Pelotas. Durante o Holoceno, ocorreram transgressões e regressões que formaram a atual constituição geomorfológica da região, incluindo o ambiente lagunar em estudo. As amostras utilizadas são provenientes de um furo de sondagem de 570 cm recuperado no interior de uma mata paludial, do qual foram selecionadas 12 amostras (50 a 570 cm), tratadas quimicamente seguindo técnica padrão, com acréscimo de Peróxido de Hidrogênio para encerrar o processo. Após o tratamento químico, foi confeccionada uma lâmina permanente constituída de 10 μL, para cada amostra, utilizando Naphrax como meio de colagem. Foram reconhecidas 14 ordens, 45 gêneros, 37 espécies identificadas e oito tipificadas em nível de gênero. Paralia sulcata foi registrada em todas as amostras, mesmo que sua densidade tenha diminuído da base para o topo do testemunho. Na base (500 até 400 cm), foram identificadas apenas espécies marinhas. Paralia sulcata representa a maior parte da densidade: em 500 cm com 85,2%, 450 cm com 82,5 % e 400 cm com 62,1% do total de espécies. Na porção intermediária do poço (350 a 300 cm), distintas espécies são identificadas, tanto as que preferencialmente habitam ambiente de água doce e possuem hábitos bentônicos (Navicula schadei e Staurosira construens), como indivíduos marinhos e de hábito planctônico (Cyclotella baltica). Em 350 cm há uma maior riqueza e densidade de frústulas, dentre as quais Navicula schadei, Staurosira construens e Cyclotella baltica ocorrem com 27,4%, 17,7% e 9,2%, respectivamente. Em 300 cm há baixa diversidade e densidade, Cyclotella baltica é o representante de maior densidade com 26,7% do total de indivíduos. Nos níveis mais próximos da superfície (250 cm a 50 cm) não foram registradas frústulas de diatomáceas. Os níveis mais profundos, 550 cm e 570 cm, ainda não foram analisados. A partir dos resultados parciais é possível observar a relação da composição e da variação taxonômica com as transgressões e regressões que ocorreram na Lagoa do Sombrio durante o Holoceno: durante o início do Holoceno (570 a 400 cm) a lagoa apresentou influência marinha (7900-3800 anos AP). Após a regressão do mar, se formou um pântano com presença de água doce (350 a 300 cm), que permitiu a ocorrência de espécies de diatomáceas nesse ambiente (3800-2500 anos AP). Por último em 250 a 50 cm, não foram encontradas frústulas de diatomáceas, devido, possivelmente, à transformação do ambiente aquático em continental, a dissolução das frústulas por efeito tafonômico ou por falta de nutrientes. Contudo, para esta fase, análises anteriores feitas no mesmo testemunho, com base em palinomorfos, apontam o desenvolvimento de uma floresta (2500-atual AP). (Bolsa PIBIC CNPq-UFRGS) 

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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