Efeito do exercício físico em ambiente aquático ou terrestre sobre marcadores de estado oxidativo em plasma de pacientes diabéticos

Abstract

O Diabetes Mellitus, em especial o tipo 2 (DMT2), é uma doença metabólica crônica associada a inúmeras comorbidades e complicações. Estudos recentes têm associado às complicações relacionadas ao diabetes a um estado de desequilíbrio entre as defesas antioxidantes do organismo e as espécies reativas circulantes. Atualmente propõe-se o uso de estratégias não farmacológicas a fim amenizar os sintomas do DMT2. O exercício físico vem ganhando um papel de grande destaque entre estas estratégias. No entanto estudos que avaliem os efeitos bioquímicos e fisiológicos do exercício físico nesta população ainda são escassos, principalmente em ambiente aquático. A partir disso o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do exercício em ambiente aquático ou terrestre sobre marcadores de estado oxidativo em plasma de pacientes diabéticos. Para tanto foram selecionados 24 indivíduos diabéticos tipo 2, sedentários, de ambos os sexos, para participarem de 12 semanas de treinamento aeróbio. Os indivíduos foram divididos em grupo terra ou grupo água e os protocolos mantiveram periodização de treinamento similar. As coletas das amostras foram realizadas antes e após a primeira e última sessão de treinamento. A partir destas amostras foram analisados diversos marcadores de estado oxidativo. Os resultados obtidos não mostraram diferenças significativas tanto no grupo água quanto no grupo terra em parâmetros oxidativos como: conteúdo de radicais livres, substâncias fluorescentes solúveis em água e a oxidação de resíduos de aminoácidos. A atividade da superóxido dismutase e o potencial antioxidante total também não foram alterados. Apesar disso, foi possível observar que o ambiente no qual o treinamento é realizado pode sim impactar diferentemente na resposta obtida uma vez que os níveis de isoprostanos se mostraram reduzidos somente no grupo que realizou o exercício em terra. Embora os resultados obtidos tenham revelado somente efeito do treinamento em terra, não podemos excluir os efeitos benéficos da água sobre estes indivíduos. Podemos sugerir que o ambiente aquático possa estar envolvido na modulação de outros mecanismos fisiológicos. Os dados obtidos suportam a ideia de que o exercício com intensidade similar, variando somente o ambiente de treinamento, possa alterar diferentemente os níveis de isoprostanos em indivíduos diabéticos tipo 2

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