Essa dissertação tem como objetivo analisar a capacidade de inovação do cluster do agronegócio e como a firma se beneficia dela. Parte-se da premissa que inovação é uma necessidade para as firmas e as relações interoganizacionais é uma alternativa para que ela ocorra. Dentre essas relações, os clusters se destacam, havendo estudos que mostram que as firmas inseridas nessas aglomerações tendem a ser mais inovativas. Sendo assim, buscou-se compreender a capacidade de inovação de cluster, os benefícios dela oferecidos às firmas e as relações das firmas com cluster em diferentes estágios de desenvolvimento. Para isso, realizou-se uma pesquisa exploratória com dois clusters do agronegócio, da atividade da ovinocultura. Os casos selecionados, de Sisteron (França), em estágio de crescimento, e do Alto do Camaquã (Brasil), em estágio emergente. Inicialmente, buscou-se a descrição do contexto local e do cluster, compreendendo os atores inseridos nas aglomerações. Em seguida, os casos foram analisados a partir de elementos previamente estabelecidos pela literatura: contexto, estratégia coletiva, políticas públicas, comercialização, pró-atividade, relações externas, transmissão, colaboração, assimilação, transformação e aplicação do conhecimento, governança, infraestrutura, recursos financeiros e humanos. A partir disso, realizou-se uma comparação entre os dois clusters a fim de compreender as divergências em razão da diferença de estágio de desenvolvimento. Por fim, chegou-se a um modelo de capacidade de inovação do cluster, composta pela capacidade de gestão estratégica, capacidade de relações e aprendizagem, capacidade de desenvolvimento tecnológico e mercadológico e capacidade de gestão operacional. Além disso, entendeu-se que as firmas de clusters em crescimento possuem mais garantias e comprometimento com a estratégia coletiva do aglomerado do que as de clusters emergentes. Ainda, evidenciou-se uma relação inversa entre os benefícios propostos pela capacidade de inovação do cluster e as necessidades usuais das firmas, trazendo a complementariedade e interdependência das capacidades, o que proporciona uma robustez em relação à inovação das firmas inseridas nos aglomerados.This research aims to analyze the agribusiness cluster innovation capability and how the firm benefits from it. The premise is that innovation is a necessity for firms and their interrelations are an alternative for it. Among these relationships, clusters stand out, with studies showing that firms in clusters tend to be more innovative. Thus, this research includes to understand the cluster innovation capability, the benefits that it offer to firms and the relationship of firms in cluster from different stages of development. For this, there was an exploratory research with two agribusiness clusters of sheep industry. Two cases were analyzed: the first from Sisteron (France), in the growth stage, and the second from Alto Camaquã (Brazil), in emerging stage. Initially, was realized a description of the local context, then the clusters and the actors inserted in these agglomerations were analyzed. The analysis emerged from elements previously established in the literature: context, collective strategy, public policy, commercialization, pro-activity, external relations, transmission collaboration, assimilation, transformation and application of knowledge, governance, infrastructure, financial resources and human resources. From this, there was a comparison between the two clusters in order to understand the differences due to their development stage. Finally, we arrived to a model of cluster innovation capability, composed by the strategic management, relationships and learning, technological development and marketing and operational. Moreover, it was understood that firms in growing clusters have more guarantees and commitment to the collective strategy of the cluster than the emerging clusters. Also showed an inverse relationship between the benefits offered by cluster innovation capability and the usual needs of firms, bringing the complementarity and interdependence of capabilities, which provides robustness for innovation firms inserted in clusters