Huber, Augusto Frederico

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo Fossorial e enigmático: uma nova espécie de lagostim do gênero Parastacus (Crustacea, Decapoda, Parastacidae) para o sul do BrasilAutor AUGUSTO FREDERICO HUBEROrientador PAULA BEATRIZ DE ARAUJOFossorial e enigmático: uma nova espécie de lagostim do gênero Parastacus (Crustacea, Decapoda, Parastacidae) para o sul do Brasil Autor: Augusto Frederico Huber, Orientador: Paula Beatriz de Araujo  Universidade Federal do Rio Grande do Sul, IB, Departamento de Zoologia  Os lagostins de água doce da família Parastacidade são crustáceos com distribuição restrita ao hemisfério Sul, com exceção dos continentes antártico e africano. Na América do Sul ocorrem três gêneros: Samastacus, Virilastacus e Parastacus, sendo este último registrado para o Uruguai, Argentina, Chile e sul do Brasil (Santa Catarina - SC e Rio Grande do Sul - RS). Das oito espécies de Parastacus, seis têm registro no Brasil, três em SC e cinco no RS. Estas espécies podem ser encontradas em áreas pantanosas, cursos d’água de pequeno volume e correnteza fraca, onde constroem suas habitações, popularmente chamadas de tocas. O hábito de vida das espécies pode ser classificado de acordo com seu comportamento escavador, que pode variar de pouco escavadora, como aquelas associadas aos cursos d’água, a fortemente escavadora, representada pelas espécies que constroem túneis complexos e profundos em áreas úmidas. O objetivo deste trabalho é descrever uma nova espécie de lagostim de água doce para o sul do Brasil. Para isso, foi examinado material oriundo da Coleção de Crustáceos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e material proveniente de coletas realizadas na primavera de 2013 no estado de SC. Os espécimes foram capturados nos municípios de Penha e Maracajá, através do uso de bomba de sucção e escavação manual nas tocas, posteriormente levados ao laboratório onde foram crioanestesiados e conservados em etanol 70%. Um total de sete exemplares foi analisado utilizando umestereomicroscópio. As ilustrações foram feitas com o auxílio de câmara lúcida e as imagens obtidas foram vetorizadas através do programa CorelDraw X6. Além disso, foram realizadas medidas morfométricas da carapaça cefalotorácica, abdome e apêndices. Esta espécie é morfologicamente similar a Parastacus defossus devido à presença de uma carena pós-orbital pouco marcada e inerme, aréola estreita e pouco perceptiva e abdome mais estreito do que o cefalotórax. No entanto, diferencia-se pelo rostro reto, epístoma pentagonal e face dorsal da palma dos quelípodos com três linhas de tubérculos verrucosos. Além disso, esta espécie apresenta hábito escavador, semelhante a P. defossus e P. pugnax, ocorrendo em uma região de mata paludosa e solo úmido. As tocas apresentam estrutura complexa, com várias aberturas e, em sua maioria, ornamentadas com “chaminés”, assim, permitindo classificá-la como escavadora. Esta nova espécie, juntamente com outras que estão sendo descritas, irá contribuir para o aumento do conhecimento da riqueza de lagostins do Brasil, uma vez que se trata de um grupo pouco conhecido, principalmente do ponto de vista taxonômico.   

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Fossorial e enigmático: uma nova espécie de lagostim do gênero Parastacus (Crustacea, Decapoda, Parastacidae) para o sul do Brasil

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/137700/1/Resumo_43239.pdf

Fossorial e enigmático: uma nova espécie de lagostim do gênero Parastacus (Crustacea, Decapoda, Parastacidae) para o sul do Brasil

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