Grigol, Camila Leonhardt

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo Novas Escalas Reynell de Desenvolvimento da LinguagemAutor CAMILA LEONHARDT GRIGOLOrientador LENISA BRANDÃOUniversidade Federal do Rio Grande do Sul  Novas Escalas Reynell de Desenvolvimento da Linguagem  Camila Leonhardt Grigol Lenisa Brandão   RESUMO  INTRODUÇÃO: A pesquisa tem como tema a linguagem infantil e sua avaliação, tema em que se observa uma carência de produção no Brasil. O objetivo da presente pesquisa é traduzir e adaptar culturalmente um instrumento denominado The New Reynell Developmental Language Scales (Novas Escalas Reynell de Desenvolvimento da Linguagem). Este instrumento avalia a compreensão e a produção da linguagem de crianças pequenas de 1 ano até 6 anos e 11 meses. METODOLOGIA: Foi realizada a tradução do instrumento Novas Escalas Reynell de Desenvolvimento da Linguagem e levou-se a cabo um estudo piloto que consistiu na coleta de dados com dez crianças (seis meninas e quatro meninos) de 2 a 5 anos de idade. As crianças foram avaliadas em dois encontros de quarenta e cinco minutos ou em uma única sessão de 90 minutos. RESULTADOS: Três crianças pequenas foram excluídas da análise por apresentarem comportamento agitado e falta de engajamento nas atividades. Considerando esse dado e as coletas com crianças de menor faixa-etária em geral, observou-se que estas tiveram mais dificuldade para sustentar a atenção nas atividades do teste, que apresenta tarefas bastante estruturadas. No que tange aos estímulos lingüísticos do teste, foram identificadas algumas disparidades culturais e de ordem psicolingüística, tanto no nível da palavra, quanto no nível da frase. Quanto às necessidades de adaptação cultural, observaram-se figuras que contém elementos que não estão presentes na cultura brasileira, como, por exemplo, ilustrações de crianças na neve e um trenó. A maior parte das crianças não soube nomear este elemento. Quanto às disparidades psicolingüísticas, observou-se a necessidade de atentar para a adaptação de vários itens lexicais e gramaticais. Na tarefa de compreensão, por exemplo, a semelhança semântica entre os verbos “caminhar” e “correr”, assim como dos substantivos “escova” e “pente” é um ponto a ser discutido no que concerne aos objetivos da avaliação. A necessidade do uso de palavras mais frequentes na tradução também foi identificado, por exemplo, a ação sliding fora traduzida literalmente para o português com o termo “deslizar”. A coleta incluiu esse termo e outro bem mais frequente para o contexto ilustrado (criança brincando no escorregador), observando-se sucesso muito mais frequente na compreensão do verbo “escorregar”. No nível da frase, foram observadas frases julgadas como gramaticalmente incorretas pelo protocolo original, porém, na linguagem coloquial do português brasileiro falado no Rio Grande do Sul, não implicam em erros grosseiros (por exemplo, a falta dos plurais). No protocolo, a frase “O ursinho tem dois pé”, teria de ser identificada pela criança como uma frase incorreta. No entanto, no contexto cultural gaúcho, essa forma coloquial pode ser aceita e não identificada como errônea pelas crianças. Concluiu-se que as adaptações devem incluir a consideração de formas gramaticais comuns no português da região onde o teste será futuramente validado, podendo apresentar pequenas variações para o emprego com populações de outras regiões do Brasil.  

Portuguese

Novas Escalas Reynell de Desenvolvimento da Linguagem

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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