Mardini, Victor

Parcianello, Rodrigo Ritter

Walcher, Mariana Gehlen

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Síndrome de Munchausen e simulação : dificuldades no diagnóstico diferencial e no manejo

Lume 5.8

31ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Rev HCPA 2011; 31 (Supl.)                                                                                         224     SÍNDROME DE MUNCHAUSEN E SIMULAÇÃO: DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E NO MANEJO RODRIGO RITTER PARCIANELLO; MARIANA WALCHER; VICTOR MARDINI  Introdução: A Síndrome de Munchausen (SM), forma mais extrema e dramática dos Transtornos Factícios, é um doença psiquiátrica pelo qual o indivíduo assume o papel de paciente produzindo intencionalmente sinais e sintomas físicos ou psicológicos de distúrbios médicos necessitando de internações prolongadas, procedimentos de diagnósticos invasivos e longo tempo de terapia com as mais variadas classes de drogas e cirurgias. Deve-se cuidadosamente ser diferenciada da Simulação, na qual o paciente com sua sintomatologia têm objetivos de ganhos financeiros, fugir da polícia ou  liberação de responsabilidade legal (1,2). Objetivo: Alertar os profissionais da saúde sobre esses transtornos com o intuito de minimizar procedimentos diagnósticos desnecessários. Metodologia: Trata-se de um relato de caso baseado na história de uma paciente da Unidade de Internação Psiquiátrica de um Hospital Universitário. Resultado: Paciente feminina, 14 anos, garota de programa, buscou atendimento em um Hospital Geral, por quadro hemorrágico difuso, apresentando conduta sedutora, infantilizada, suicida e tentativa de fuga. Descobriu-se que a paciente introduzia seringa com sangue via vaginal/retal do qual retirava do acesso central. Após este evento a paciente foi transferida para unidade psiquiátrica, por ordem judicial. Nessa ocasião revelou-se que a mesma tinha 20 anos de idade, apresentava conhecimentos apurados sobre rotinas hospitalares (medicamentos e procedimentos diagnósticos) além de uma conduta mentirosa e produtora de sinais/sintomas. Esses pacientes, em sua maioria,  têm amplo conhecimento de medicina apresentando de forma convincente e inteligente a produção dos sinais e sintomas (3). Conclusão: Deve-se capacitar os profissionais da área de saúde para reconhecer a SM e a Simulaçao em pacientes, impedindo assim avaliações extensas e procedimentos desnecessários, os quais representam riscos a eles mesmos e ainda gastos onerosos ao sistema de saúde.           

Portuguese

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/119895/1/000861056.pdf

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