Borowsky Filho, Érico Baumhardt

Ceresér, Keila Maria Mendes

Colpo, Gabriela Delevati

Cunha, Ângelo

Goi, Pedro Domingues

Kapczinski, Flávio Pereira

Kunz, Maurício

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Fator neurotrófico derivado do cérebro como um biomarcador de resposta ao tratamento da mania e depressão em pacientes bipolares : um seguimento de 16 semanas

Lume 5.8

31ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Rev HCPA 2011; 31 (Supl.)                                                                                         224     FATOR NEUROTRÓFICO DERIVADO DO CÉREBRO COMO UM BIOMARCADOR DE RESPOSTA AO TRATAMENTO DA MANIA E DEPRESSÃO EM PACIENTES BIPOLARES: UM SEGUIMENTO DE 16 SEMANAS ÉRICO BAUMHARDT BOROWSKY FILHO; PEDRO DOMINGUES GOI, GABRIELA DELEVATI COLPO, ÂNGELO CUNHA, KEILA MARIA CERESÉR, MAURÍCIO KUNZ, FLÁVIO KAPCZINSKI  Introdução: Nos últimos anos, as opções terapêuticas disponíveis para o tratamento do Transtorno Bipolar (TB) têm aumentado. Uma questão ainda não abordada é a capacidade de prever quais pacientes responderão a um determinado tratamento. Os   níveis séricos do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) tem sido apontado como um potencial marcador de resposta ao tratamento. Objetivos: Neste estudo investigamos o potencial uso dos níveis séricos de BDNF como preditor de resposta em um estudo prospectivo de pacientes com TB em episódio maníaco, depressivo ou misto. Materiais e Métodos: 44 pacientes drug-free foram avaliados clinicamente e tiveram seus níveis séricos de BDNF medidos durante 16 semanas de seguimento, sendo comparados com 44 controles hígidos, pareados por sexo e idade. Resultados: Não foram encontradas diferenças entre pacientes e controles em relação á baseline e os resultados não tiveram associação com a resposta ao tratamento. Conclusões: O presente estudo não dá suporte para a utilização dos níveis séricos de BDNF como preditor de resposta em pacientes com TB.  31ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Rev HCPA 2011; 31 (Supl.)                                                                                         225     TENTATIVAS DE SUICÍDIO E RISCO DE SUICÍDIO EM PACIENTES MELANCÓLICOS EM UM NOVO MODELO CLASSIFICATÓRIO DE DEPRESSÃO FERNANDA PIRES COSTA; MARIANA RANGEL RIBEIRO; MANUELA MARTINS COSTA; LUCAS SPANEMBERG; MARCO ANTONIO KNOB CALDIERARO; EDGAR ARRUA VARES; MARCELO PIO DE ALMEIDA FLECK  Introdução: Um novo modelo classificatório de depressão considera melancolia como um subtipo distinto de transtorno do humor, em contraste com o atual modelo dimensional adotado pelo DSM-IV-TR. Diversos estudos foram realizados para avaliar as possíveis diferenças em ideação suicida, risco e tentativas de suicídio entre pacientes melancólicos e não-melancólicos. Objetivo: Comparar a presença de tentativas de suicídio, o grau de risco de suicídio e a ideação suicida em pacientes com depressão melancólica e não-melancólica pelos dois modelos. Métodos: O diagnóstico de melancolia foi definido pelo CORE através da avaliação do distúrbio psicomotor. O M.I.N.I. Plus foi utilizado para determinar o risco de suicídio, e a questão número nove do Inventário de Depressão de Beck (BDI) para determinar ideação suicida. As tentativas de suicídio foram determinadas durante consulta psiquiátrica. Resultados: A amostra consistiu de 102 pacientes com depressão unipolar, sendo 20 (19,6%) classificados como melancólicos pelo CORE. Ambos os grupos apresentaram taxas similares de tentativas de suicídio na vida (35% nos pacientes melancólicos e 32,9% nos não-melancólicos, p=1,00) e de gravidade risco de suicídio pelo M.I.N.I.   (p=0,49). Pacientes melancólicos apresentaram, contudo, maior taxa de ideação suicida (p=0,045). Entretanto, esta associação perde a significância quando controlada para gravidade da depressão. Conclusão: Os resultados sugerem que a presença de ideação suicida está mais associada com a intensidade dos sintomas depressivos do que com o subtipo de depressão apresentado pelos pacientes.   AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM ADOLESCENTES COM TRANSTORNOS DE ANSIEDADE RAFAELA BEHS JARROS; GIOVANNI ABRAHÃO SALUM; CRISTIANO TSCHIEDEL BELEM DA SILVA; MARIANNA DE ABREU COSTA; RUDINEIA TOAZZA; LUCIANO ISOLAN; JERUSA FUMAGALLI DE SALLES; GISELE GUS MANFRO  Introdução: Os transtornos de ansiedade estão associados a um prejuízo no desempenho social e a possíveis déficits cognitivos que levariam a um baixo rendimento escolar. O presente estudo tem como objetivo avaliar o perfil neuropsicológico de adolescentes com diagnóstico de transtornos de ansiedade (transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade de separação, transtorno de ansiedade social e transtorno do pânico) e compará-los com controles. Métodos: Nossa amostra origina-se de um estudo transversal com uma amostra comunitária de adolescentes entre 10 e 17 anos. Dos 68 participantes, 41 tinham diagnóstico de transtorno de ansiedade e 27 controles sem ansiedade, avaliados pela ―Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children-Present and Lifetime Version‖ (K-SADS-PL). A avaliação neuropsicológica consistia em uma extensa bateria de testes. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos testes neuropsicológicos que avaliavam as seguintes funções: atenção, memória verbal semântico-episódica, praxia visuoconstrutiva, funções executivas e inteligência. Entretanto, os adolescentes com ansiedade leve apresentaram um melhor desempenho no teste Span Verbal de Dígitos ordem inversa, utilizado na avaliação de memória de trabalho, em comparação aos sujeitos com ansiedade grave e aos controles, que não diferiram entre si (EMM= 2,3[0,10 EP] vs. EMM= 2,1 [0,16 EP] vs. EMM= 1,9 [0,11 EP], respectivamente;  p=0,032). Porém este resultado não se manteve significativo quando corrigido por testes múltiplos (valor p corrigido= 0,128). Conclusão: Embora os transtornos de ansiedade pareçam não prejudicar as principais funções cognitivas na adolescência, a ansiedade quando leve pode influenciar alguns processos na memória de trabalho.    MEMÓRIA E NÍVEIS DE BDNF EM UM MODELO ANIMAL DE MANIA EM ESTÁGIOS PRECOCE E TARDIO DE TRANSTORNO DO HUMOR BIPOLAR GABRIEL RODRIGO FRIES; SAMIRA S. VALVASSORI; HUGO BOCK; LAURA STERTZ; MÁRCIA KAUER-SANT’ANNA; JOÃO QUEVEDO; FLÁVIO KAPCZINSKI; MARIA LUIZA SARAIVA-PEREIRA  O Transtorno do Humor Bipolar (THB) é um distúrbio psiquiátrico grave e altamente incapacitante e sua progressão está associada a grandes prejuízos cognitivos. Evidências sugerem que o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) tem um importante papel na neuroprogressão do THB. O objetivo do estudo foi avaliar a memória e os níveis de BDNF em um modelo animal de mania induzido por anfetamina (ANF), em estágios precoces e tardios do THB. Para isso, ratos Wistar machos adultos foram divididos em grupos precoce (salina ou ANF 2mg/kg i.p. por 7 dias) e tardio (salina ou ANF 2mg/kg i.p. por 35 dias, com intervalos de 7 dias a cada 7 dias de injeção). Os ratos foram então submetidos aos testes de habituação ao campo aberto ou esquiva inibitória e, após, procedeu-se com a eutanásia e isolamento do hipocampo, córtex pré-frontal e região da amígdala. Os níveis de mRNA de BDNF foram avaliados por PCR quantitativo e seus níveis protéicos por ELISA. A ANF prejudicou a memória de habituação tanto no tratamento precoce quanto no tardio, sendo mais prejudicial no tratamento tardio (p<0,05). Este prejuízo foi acompanhado de níveis protéicos de BDNF reduzidos no hipocampo e níveis de mRNA de BDNF aumentados no córtex pré-frontal. Na esquiva inibitória, todos os grupos aprenderam o estímulo aversivo, porém a ANF diminuiu significativamente o tempo de descida dos ratos em comparação à salina. Não houve diferenças entre os grupos precoce e tardio, embora o grupo ANF tardio apresentou níveis protéicos de BDNF diminuídos no córtex pré-frontal e mRNA de BDNF aumentados no hipocampo em comparação com ANF precoce. Esses resultados sugerem que os prejuízos cognitivos observados com a progressão do THB podem estar associados a alterações nos níveis de BDNF no hipocampo e no córtex pré-frontal.    FATORES DE RISCO PARA OBESIDADE EM UMA POPULAÇÃO RURAL NO SUL DO BRASIL JULIANA LUIZA VIEIRA; GIOVANA DANTAS; ANA BEATRIZ CAUDURO HARB; ROSA MARIA LEVANDOVSKI; MARIA PAZ LOAYZA HIDALGO  Introdução: O excesso de peso e a obesidade, em todas as idades, são problemas de grande relevância para a saúde pública no Brasil. Objetivo: Determinar os fatores de risco para obesidade em uma população rural do Sul do Brasil. Metodologia: 6.506 indivíduos, descendentes de europeus, participaram do estudo. Foram utilizados questionários para variáveis demográficas, BDI   

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