Ribeiro, Rafaela Vanin Pinto

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2014: SIC - XXVI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2014Local Porto AlegreTítulo A mutação B-RAFV600E não está associada a agressividade tumoral ou persistência de doença em pacientes com carcinoma papilar de tireoideAutor RAFAELA VANIN PINTO RIBEIROOrientador ANA LUIZA SILVA MAIA Introdução: O carcinoma papilar de tireoide (CPT) representa aproximadamente 80% dos tumores dessa glândula. A mutação B-RAFV600E tem sido associada com um aumento da taxa de doença persistente no CPT e a utilidade da pesquisa dessa mutação tem sido discutida na optimização do manejo dos pacientes com esse tumor. No entanto, os resultados sobre o papel prognóstico do B-RAFV600E ainda são controversos.   Objetivo: Avaliar o papel da mutação B-RAFV600E como fator prognóstico de doença persistente em uma coorte de pacientes com CPT.   Métodos: Cento e quatro pacientes diagnosticados com CPT em atendimento no ambulatório de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foram incluídos. O DNA para detectar a mutação foi extraído de blocos de tecido embebidos em parafina. O éxon 15 do B-RAF foi amplificado por PCR utilizando oligonucleotídeos específicos e a mutação B-RAFV600E determinada por meio de sequenciamento direto. O desfecho principal foi doença persistente, sendo definida como evidência clínica ou radiológica de tumor e/ou tireoglobulina sérica sob estimulação de TSH ≥ 2ng/mL. Análise estatística foi realizada através de regressão logística multivariada utilizando doença persistente como variável dependente e idade, sexo, estadiamento TNM e mutação B-RAFV600E como variáveis independentes.   Resultados: Dos 104 pacientes, 83 (79.8%) eram mulheres e 31 (29.8%) apresentavam a mutação B-RAFV600E. A idade média ao diagnóstico em anos foi de 44,5 ± 15,2 e a média do tamanho tumoral em centímetros foi de 2,3 (tamanho mínimo de 0,1 e máximo de 10,5). O estádio TNM foi o seguinte: 62 (59.6%) pacientes estavam no estádio I; 13 (12.5%) no estádio II; 13 (12.5%) no estádio III; e 16 (15.4%) no estádio IV. Após um seguimento médio de 67 meses (VIQ 31-97), 29.7% dos pacientes apresentavam doença persistente. A presença da mutação não foi associada a sexo, idade ao diagnóstico ou estádio TNM. No entanto, pacientes positivos para a mutação apresentaram tumores maiores (2.9cm ± 2 vs. 2.1cm ± 2.1; p=0.07). Em relação ao prognóstico, 35.7% e 26.9% com e sem a mutação, respectivamente, apresentavam doença persistente (p=0.88).   Conclusão: A mutação B-RAFV600E não foi associada com doença persistente em uma coorte de pacientes com CPT.    

A mutação B-RAFV600E não está associada a agressividade tumoral ou persistência de doença em pacientes com carcinoma papilar de tireoide

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul