Ribeiro, Fabiane Elizabetha de Moraes

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2014: SIC - XXVI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2014Local Porto AlegreTítulo Fatores Associados à Suspeição de Transtornos Mentais Menores em Acadêmicos de EnfermagemAutor FABIANE ELIZABETHA DE MORAES RIBEIROOrientador ADRIANA APARECIDA PAZInstituição Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto AlegreIntrodução: A busca pela qualidade na formação acadêmica tem exigido o aumento progressivo de demandas sobre o desempenho dos graduandos, sobretudo na área da saúde, na qual as exigências da formação acompanham os avanços da ciência, da terapêutica e das necessidades de saúde da população. Diante disso, o estresse vivenciado pelos acadêmicos de enfermagem se apresenta como um fator importante no processo de ensino-aprendizagem, visto que predispõe ao adoecimento e ao afastamento das atividades acadêmicas. Considerando os diversos fatores estressantes aos quais os alunos do curso de enfermagem estão expostos, a presente pesquisa encontra nessa questão um objeto a ser investigado em relação aos transtornos mentais menores. Objetivo: Avaliar a associação dos transtornos mentais menores com características sociodemográficas, de formação acadêmica e de saúde dos acadêmicos de enfermagem. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizada em um curso de graduação de enfermagem de uma instituição de ensino superior (IES) gaúcha. A seleção da amostra se deu por conveniência de 51 acadêmicos ingressantes no período de 2013 a 2014. Para a coleta de dados utilizou-se um questionário semi-estruturado, contendo a Escala de Transtornos Mentais Menores (TMMs). A análise de dados ocorreu pela estatística descritiva e analítica, considerando o nível de significância de 95% nos testes de confiabilidade Alpha de Cronbach, de correlação de Pearson e Spearman, e o teste T Student. Os aspectos éticos foram respeitados pela investigação aprovada em Comitê de Ética e Pesquisa da IES. Resultados: A média de idade é de 22,1±3,90 anos entre os acadêmicos; prevaleceu o sexo feminino (88%); residentes em Porto Alegre (74,5%), mora sozinhos (11,8%). Para 31(62%) acadêmicos a entrada no curso da graduação ocorreu pela primeira vez, matriculados em 12,76±1,76 disciplinas no primeiro semestre. Relataram a dificuldade de concentração nas aulas (74%). Sentem-se valorizados pelos colegas e professores (76,5%). A atividade remunerada é desenvolvida por 10(19,6%) acadêmicos, desses, 7(70%) têm vinculo à IES por bolsas acadêmicas. A atividade remunerada sem vínculo para IES ocorreu para 7(63,6%) e as atividades voluntárias na IES são realizadas por 9(17,6%). Na situação de saúde observou-se a presença de morbidades (23,5%); uso de medicamentos (46%); prática de atividade física (21,6%); e consumo de bebida alcoólica (42%). A escala TMMs apresentou uma razoável confiabilidade pelo Alpha de Cronbach de 0,726. A média da escala foi de 8,8±3,53 de suspeição de TMMs, sendo que para 39(76,5%) acadêmicos a suspeição de TMMs ultrapassou o ponto de corte de 7. As variáveis sociodemográficas, de formação acadêmica e de situação de saúde não correlacionam com os TMMs (P>0,05) para todas as comparações.  A suspeição para TMMs apresentaram associação significativa quando comparado a morar sozinho e com pessoas (6,00 vs. 9,18; p=0,037); não tem e tem dificuldades de concentração na sala de aula (7,08 vs. 9,51; p=0,033); não sente-se e sente-se valorizado como aluno pelos colegas e professores (10,92 vs. 8,15; p=0,016); não tem e tem atividade remunerada sem vínculo com a IES (6,50 vs. 10,29; p=0,039); e não consome e consome bebida alcoólica (7,93 vs. 9,95; 0,047). Conclusões: Os fatores associados no rastreamento da suspeição de TMMs destacam-se quando reside com pessoas, podendo ser familiares ou não, a dificuldade de concentração em sala de aula, não valorização como aluno por colegas e professores, ter atividade remunerada sem vínculo com IES e consumir bebidas alcoólicas. Com base nesses resultados, a proposição é de fortalecer as relações interpessoais na sala de aula, de elencar estratégias para manter a concentração, de promover a saúde para adoção de hábitos saudáveis e de subsídios para discutir como enfrentar situações estressoras no convívio familiar e laboral.  

Portuguese

Fatores Associados à Suspeição de Transtornos Mentais Menores em Acadêmicos de Enfermagem

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Fatores Associados à Suspeição de Transtornos Mentais Menores em Acadêmicos de Enfermagem

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