Cunha Neto, José Antonio Bellini da

Kelmann, Regina Gendzelevski

Kuminek, Gislaine

Teixeira, Helder Ferreira

Zancan, Lali Ronsoni

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Estudo preliminar de desenvolvimento de nanoemulsões lipídicas contendo carbamazepina

Lume 5.8

Ciências da Saúde   610  ESTUDO PRELIMINAR DE DESENVOLVIMENTO DE NANOEMULSÕES LIPÍDICAS CONTENDO CARBAMAZEPINA. Gislaine Kuminek, Regina Gendzelevski Kelmann, Lali Ronsoni Zancan, José Antonio Bellini da Cunha Neto, Helder Ferreira Teixeira, Leticia Scherer Koester (orient.) (UFSC). Nanoemulsões têm demonstrado grande potencial como carreadores de fármacos. A carbamazepina (CBZ) é utilizada no tratamento da epilepsia e outras doenças, mas devido a sua baixa hidrossolubilidade, o fármaco está disponível no mercado farmacêutico apenas na forma de comprimidos e suspensões orais. Diante destes fatos, a incorporação da CBZ em uma nanoemulsão de uso parenteral é uma estratégia interessante, pois em situações de emergência, coma, ou dificuldade de deglutição, uma forma de uso intravenoso se faz necessária. Cumpre citar que a carbamazepina apresenta polimorfismo, propriedade de certas substâncias apresentarem mais de uma forma de cristalização. Para este fármaco, já foram descritas pelo menos quatro formas polimórficas: I (ou alfa), II (ou gama), III (ou beta) e IV, além de um diidrato, sendo a forma beta considerada a de referência. Foi também demonstrado que as formas alfa e beta, quando submetidas a um ambiente aquoso, transformam-se na forma ativa diidrato. O trabalho teve como objetivo desenvolver formulações de nanoemulsões para veicular CBZ utilizando-se a técnica de emulsificação espontânea, resultando na preparação de 4 formulações contendo uma concentração final de 3 mg/mL de CBZ. As formulações permaneceram sem alterações físicas, porém, dependendo da temperatura de armazenamento, pôde-se observar a presença de precipitados cristalinos do fármaco. Os cristais observados foram secos e analisados por microscopia ótica e calorimetria exploratória diferencial (DSC). Tanto os resultados obtidos pela microscopia óptica como por DSC sugerem que a forma polimórfica encontrada nos cristais é o diidrato, e não mais a forma beta, caracterizada na matéria-prima. Como hipótese para essa transição polimórfica acredita-se que o fármaco localizou-se na interface das gotículas de óleo, estando, portanto, exposto ao ambiente aquoso. Estudos estão em andamento para a otimização das nanoemulsões visando a dispersão homogênea do fármaco. (PIBIC). 337 

Estudo preliminar de desenvolvimento de nanoemulsões lipídicas contendo carbamazepina

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