Blank, Deborah

Botelho, Leonardo Monteiro

Kelbert, Sílvia

Rotta, Newra Tellechea

Silva, Alexandre Rodrigues da

Silva, Flora Luciana F. da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Seguimento de pacientes pediátricos soropositivos com comprovada infecção vertical pelo HIV

Lume 5.8

Ciências da Saúde  394  SEGUIMENTO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS SOROPOSITIVOS COM COMPROVADA INFECÇÃO VERTICAL PELO HIV. Sílvia Kelbert, Flora L.F. Silva, Alexandre R. Silva, Deborah Blank, Leonardo Monteiro Botelho, Newra T. Rotta (Serviço de Pediatria – Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) – Faculdade de Medicina – UFRGS). A transmissão vertical do vírus HIV já está muito bem estabelecida, sendo que a taxa de contaminação materno-infantil vem diminuindo de forma gradual e atualmente encontra-se entre 3 a 4%. Mesmo assim, uma significativa parcela de crianças nascem infectadas a cada ano. O objetivo desse trabalho é documentar de que forma a introdução do uso de marcadores biológicos da infecção pelo HIV, bem como da terapia antiretroviral, influenciou o curso da infecção nesses pacientes soropositivos. De pacientes em acompanhamento periódico no ambulatório de NeuroAIDS pediátrica do HCPA, foram selecionados aqueles com datas de nascimento anterior a 31/12/91. Os desfechos avaliados foram doença neurológica, dosagem de CD4, tomografia computadorizada (TC) de crânio, eletroencefalograma, uso de antiretrovirais e mortalidade. Os pacientes foram estratificados em dois grupos: sobreviventes (n= 24) e não sobreviventes (n= 25). Observou-se que a idade média do diagnóstico de HIV diferia entre os dois grupos, sendo maior no grupo dos sobreviventes (49 ± 5 meses vs 18 ± 5meses)(p< 0,001). Houve diferença significativa entre os grupos quanto ao uso ou não de AZT (p<0,01), de outros antiretrovirais (p<0,001) e de dosagem de CD4 (p<0,001). A freqüência de achados clínicos neurológicos foi maior no grupo dos não sobreviventes (p< 0,01), bem como as alterações na TC de crânio (p<0,01), havendo correlação com a presença de doença neurológica (p<0,001). Baseado nos dados encontrados, podemos concluir que a presença de doença neurológica é um sinal de pior prognóstico, assim como a evidência de achados patológicos na TC de crânio e a ausência de monitorização de marcadores biológicos (Fapergs). 119 

Portuguese

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