Técnicas de plasma indutivamente acoplado (ICP) são amplamente utilizadas para determinação de um grande número de elementos químicos, devido, principalmente, aos baixos limites de detecção (LD), rapidez de análise, ampla faixa linear dinâmica, adequada precisão e exatidão, além do caráter multielementar. Uma vez que amostras na forma líquida são introduzidas no ICP, a forma de introdução da solução no mesmo é importante, pois afeta a precisão e exatidão dos resultados. Encontram-se disponíveis no mercado sistemas de nebulização pneumática com dessolvatação do aerossol, também chamados de nebulizadores de alta eficiência, onde o aquecimento do aerossol úmido na câmara de nebulização e o subsequente resfriamento do mesmo em um condensador permitem aumentar a eficiência de transporte da solução da amostra até o ICP, em cerca de três vezes. Uma entrada presente no condensador permite que um gás adicional seja introduzido no sistema, com o objetivo de melhorar a sensibilidade e diminuir possíveis interferências, dependendo da técnica utilizada. Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a influência do N2 adicionado ao nebulizador de alta eficiência com dessolvatação do aerossol, com respeito à técnica de ICP OES (espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado), com vista de observação axial do plasma. O trabalho envolveu a determinação dos limites de detecção (LDs) e quantificação (LQs), a precisão e exatidão das medidas efetuadas mediante adição de N2, além da robustez do plasma e efeito de interferentes. Os resultados obtidos demonstraram que a adição de N2 tornam o plasma mais robusto, não sendo observadas significativas degradações nos LDs ou no desempenho da técnica. Os efeitos de matriz foram minimizados, indicando que, com a adição de N2, a transferência de energia plasma-partícula é mais eficiente. A análise do material de referência certificado NIST/1640 indicou que a exatidão não é prejudicada mediante adição de N2