Vianna, Natália Zangirolymo

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Diferenciação de depósitos transgressivos e regressivos da barreira costeira de Curumim, com base em propriedades morfoscópicas dos sedimentos. Resultados Preliminares.

Lume 5.8

Diferenciação de depósitos transgressivos e regressivos da barreira costeira de Curumim, com base em propriedades morfoscópicas dos sedimentos. Resultados Preliminares.  No Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a barreira costeira Holocênica (Barreira IV) situada entre os municípios de Torres e Tramandai, tem uma natureza tipicamente regressiva. Sua formação foi iniciada nos estágios finais da Última Grande Transgressão, há cerca de 8.000 anos cal. AP. Por seu maior desenvolvimento na região do balneário Curumim, este segmento da barreira Holocênica tem sido referido na literatura como a barreira regressiva de Curumim  Mas como toda barreira regressiva, ela tem duas importantes fases de formação: uma fase transgressiva e outra regressiva. Sua fase transgressiva desenvolveu-se aproximadamente entre 8.000 e 7.000 anos cal. AP, e é marcada pela deposição de areias por processos de sobrelavagem da barreira (“washover”); enquanto que a sua fase regressiva, desenvolvida nos últimos 7.000 anos cal. AP, caracteriza-se pela deposição de areia por processos normais relacionados à ação de ondas e ventos (depósitos de pós-praia e estirâncio, antepraia superior e de dunas). A análise morfoscópica das areias destas duas fases mostrou que as areias da fase transgressiva são de tamanho médio areia fina, apresentando um predomínio de grãos arredondados, esfericidade de média a boa e textura superficial lisa polida. Por sua vez, as areias da fase regressiva mostraram, para os depósitos de pós-praia e estirâncio, e dunas um tamanho médio areia fina, um predomínio de grãos arredondados, esfericidade média a boa e textura superficial lisa polida. Não foram encontradas diferenças entre as areias das fase transgressiva e regressiva de construção da barreira de Curumim. Conclui-se, portanto, pela impossibilidade de diferenciação dos dois tipos de depósitos (transgressivos e regressivos) com base nas propriedades morfoscópicas de seus sedimentos, em razão da homogeneidade composicional das areias formadoras da barreira de Curumim. Esta homogeneidade é decorrente da natureza policíclica das areias constituintes da planície costeira do Rio Grande do Sul, em particular das areias que formam as barreiras Pleistocênicas (II e III) e a barreira Holocênica (IV). 

Portuguese

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/64619/1/Resumo_23851.pdf

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