Caldas, Nádia Velleda

Sanes, Fernanda San Martins

Silva, Fernanda Novo da

Wagner, Lucas Oberti

Wesz, Jonas

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Educação e atividades não-agrícolas no meio rural gaúcho

Lume 5.8

Ciências Humanas   876 EDUCAÇÃO E ATIVIDADES NÃO-AGRÍCOLAS NO MEIO RURAL GAÚCHO. Lucas Oberti Wagner, Claudio Becker, Fernanda San Martins Sanes, Fernanda Novo da Silva, Jonas Wesz, Nádia Velleda Caldas, Flavio Sacco dos Anjos (orient.) (UFPel). Historicamente a educação no meio rural tem sido um tema de grande complexidade, tanto em seu sentido estrito quanto no lato sensu. Programas curriculares mal concebidos e material didático em contradição com o universo das pessoas residentes no campo, que insistem numa visão excessivamente urbana da realidade, erguem-se como obstáculos na busca por gerar um ambiente social que estimule as pessoas a permanecer no meio rural. A extensão rural pauta suas ações no marco do chamado “viés urbano”, estabelecendo uma atuação centrada em práticas contraditórias com o saber local e os conhecimentos acumulados pelas famílias rurais. O estudo se insere no contexto de uma pesquisa mais ampla conduzida pela UFPel e UFRGS/CNPq, no qual foram investigadas 238 unidades familiares de produção, distribuídas em quatro grandes regiões da geografia gaúcha, a qual examinou a agricultura familiar e as dinâmicas territorais de desenvolvimento. Estudou-se o papel das atividades não-agrícolas na reprodução social das famílias, investigando-se a natureza destas atividades e de como a escolaridade pode ou não ter relação com o seu desempenho. Comprovamos que as pessoas que trabalham exclusivamente na agricultura tendem a um menor nível de escolaridade se comparadas com aquelas que conciliam o exercício de atividades agrícolas e não-agrícolas. Perguntados sobre como deveria ser o ensino ministrado aos seus filhos, 64% responderam que deveria ser uma educação mista e 18, 4% uma educação voltada exclusivamente para o trabalho na agricultura. Apenas 7% dos exclusivamente agrícolas e 14, 7% dos pluriativos afirmaram sua preferência por um ensino profissionalizante. Estes dados evidenciam ser este um tema fundamental em prol da construção de uma educação compatível com a realidade objetiva do campo.  342 

Portuguese

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/59560/1/Resumo_20050960.pdf

Educação e atividades não-agrícolas no meio rural gaúcho

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