Abegg, Maxwel Adriano

Cella, Fabiana Lucila

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Levantamento epidemiológico de Cryptococcus neoformans em aves domésticas e selvagens

Lume 5.8

 Ciências Biológicas  375  LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS EM AVES DOMÉSTICAS E SELVAGENS. Fabiana Lucila Cella, Maxwel A. Abegg, Augusto Schrank (orient.) (Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia, Instituto de Biociências, UFRGS). A criptococose é fundamentalmente, uma infecção fúngica oportunista, que acomete com maior freqüência pacientes imunodeprimidos (neoplasias, diabetes, transplantados, hemopatia grave, etc.). Teve sua ocorrência aumentada após o surgimento dos transplantes e a epidemia de AIDS. É uma infecção cosmopolita causada pela levedura encapsulada Criptococcus neoformans, a qual é encontrado na natureza, geralmente em fezes de pombos e outras aves. Os objetivos deste trabalho foram isolar e caracterizar Cryptococcus neoformans a partir de amostras fecais de aves em cativeiro no Zoológico de Sapucaia do Sul, relacionar os isolados com espécies definidas de aves e tentar evidenciar predileção do fungo por material fecal de uma ou outra espécie. Foram coletadas assepticamente amostras fecais de 54 gaiolas, nas quais havia 58 espécies diferentes de aves. Diluições seriadas (10-2 e 10-3) das amostras foram incubadas em ágar níger a 30oC e observadas por 14 dias. Colônias sugestivas (marrons) foram isoladas e identificadas através da metodologia convencional. C. neoformans foi isolado de 10 gaiolas (18, 5%) que abrigavam 11 espécies distintas, inclusive aves domésticas, comuns em nosso meio (papagaios, periquitos, calopsitas, jandaias), sendo todas pertencentes à ordem Psitaciforme. Os isolados apresentaram variação na morfologia colonial e diferente capacidade de encapsular. A sorotipagem realizada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, utilizando anticorpos monoclonais, caracterizou os isolados como sendo 86, 8% sorotipo A (var. neoformans) e 13, 2% sorotipo B (var. gattii). A presença do patógeno nestas amostras confirma a presença de C. neoformans em nichos ambientais variados, principalmente para a var. gattii, e indica a presença de reservatórios ambientais inexplorados no RS. (PIBIC/CNPq-UFRGS). 055 

Portuguese

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/49635/1/000413728.pdf

Levantamento epidemiológico de Cryptococcus neoformans em aves domésticas e selvagens

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