Mariot, Márcia Dornelles Machado

Lume 5.8

PROJETO TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL E REVELAÇÃO  DO DIAGNÓSTICO: COMPREENSÕES DE CRIANÇAS COM  AIDS E SUAS CONDIÇÕES DE VULNERABILIDADE   INTRODUÇÃO  O padrão epidemiológico da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) sofreu alterações na última década. Sobre estas observa-se que acometem crianças e adolescentes, em sua maioria,  devido à transmissão vertical. O tratamento antiretroviral (TARV) e a revelação do diagnóstico são fatores que têm contribuído no controle da epidemia e na qualidade de vida das crianças que convivem com AIDS. Considera-se importante dar voz às crianças que vivem com aids para que, dessa forma, se possa apresentar à comunidade científica as compreensões que esses sujeitos têm sobre o tratamento anti-retroviral e a revelação do diagnóstico. Esta prática pode auxiliar na melhoria do cuidado, bem como na elaboração ou no aprimoramento das políticas públicas relacionadas ao viver com aids de crianças em nosso país.    OBJETIVO GERAL  Compreender as concepções de crianças que vivem com aids acerca do tratamento anti-retroviral e da revelação do diagnóstico, e suas relações com as vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas.   OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Compreender as concepções de crianças que vivem com aids em relação ao tratamento anti-retroviral,  a adesão medicamentosa, ao diagnóstico viral e aos diálogos que conduzem à revelação deste diagnóstico, processo saúde/doença e as relações com o tratamento anti-retroviral e a revelação do diagnóstico; • Relacionar as compreensões das crianças que vivem com  aids com as condições que as tornam mais ou menos vulneráveis em termos individuais, sociais e programáticos à epidemia do HIV; • Conhecer a estrutura familiar destas crianças que vivem com aids por meio da utilização do genograma e a rede social de apoio  dessas crianças por meio da construção do ecomapa.    Márcia Dornelles Machado Mariot¹  Orientadora: Profª Drª. Maria da Graça Corso da Motta²                                     Contato: marcia_dornelles@yahoo.com.br METODOLOGIA Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, desenvolvido em uma perspectiva qualitativa, tendo como participantes crianças em idade escolar, que vivem com aids, tenham indicação para tratamento antirretroviral e conheçam o diagnóstico. A coleta de informações foi realizada no Hospital da Criança Conceição e na ONG Grupo de apoio a Criança Soropositiva Mais Criança. As informações foram coletados por meio das seguintes etapas: entrevista semi-estruturada com os cuidadores, buscando conhecer aspectos referentes à criança mediante a construção do genograma e do ecomapa; oficinas de criatividade e sensibilidade com as crianças e com os familiares envolvidos no estudo. As informações serão interpretadas segundo a Análise Temática de Minayo. O estudo obteve aprovação do CEP da UFRGS Nº 07714, os aspectos éticos foram assegurados, obedecendo a Resolução número 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.   RESULTADOS Até o presente momento já foram realizadas 6 oficinas, que abrangeram  24 crianças e seus cuidadores. Cada oficina contou com a participação de, em média, 4 a 6 crianças que vivem com aids, tendo uma duração de 45 a 50 minutos. As temáticas abordadas nas oficinas estão relacionadas às dificuldades/facilidades relacionadas ao tratamento antirretroviral, as vivências do processo saúde/doença e aos diálogos e caminhos que conduziram à revelação do diagnóstico de aids à criança.    CONSIDERAÇÕES FINAIS O projeto encontra-se na fase de coleta de informações junto aos participantes e seus familiares, realização das oficinas e início da análise das informações. As estratégias utilizadas nas diversas fases do estudo são cuidadosamente planejadas, executadas e avaliadas pela equipe, visando uma abordagem qualificada e ética das famílias e crianças. Os resultados desta pesquisa serão apresentados ao Ministério da Saúde – Programa Nacional de DST e HIV/Aids por meio de relatórios. Destacando–se as possíveis contribuições para a melhoria da qualidade de vida, deste grupo da população, as políticas públicas na área da epidemia do HIV/aids, especialmente no que se refere às crianças.  REFERÊNCIAS MINAYO, MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2004. SCHAURICH, D. Ser familiar cuidadora de uma criança com aids: compreensões à luz da filosofia de Martin Buber. UFRGS: 2007. 139 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2007. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Regional office for the eastern mediterranean: HIV/AIDS statistics 2006. Disponível em: <http://www.emro.who.int/asd/events-wac-2004-statistics.htm 1. Acadêmica de Enfermagem – UFRGS 2. Professora Associada  da Escola de Enfermagem  Colaboradores:   Anne Alyucha Godinho, Aramita Prates Greff, Daisy Zanchi de Abreu Botene ,  Edmundo Machado Cardoso, Eva Neri Rubim Pedro, Jeanine Porto Brondane,  Luísa Franzon Brum, Maria de Lourdes Rodrigues Pedroso, Maria do Carmo da  Rosa, Paula Manoela Batista Poletto,   

Compreensões de crianças com aids e suas condições de vulnerabilidade: Projeto Tratamento Anti-retroviral e revelação do diagnóstico.

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