Foelkel, Ester

Losekann, Paula Baierle

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Comportamento reprodutivo de fêmeas virgens de Cirrospilus neotropicus e Cirrospilus floridensis (Hymenoptera: Eulophidae)

Lume 5.8

 Ciências Agrárias  147  COMPORTAMENTO REPRODUTIVO DE FÊMEAS VIRGENS DE CIRROSPILUS NEOTROPICUS E CIRROSPILUS FLORIDENSIS (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE). Paula Baierle Losekann, Ester Foelkel, Luiza Rodrigues Redaelli (orient.) (UFRGS). Os eulofídeos Cirrospilus neotropicus e Cirrospilus floridensis são os ectoparasitóides nativos de Phyllocnistis citrella Stainton (Lepidoptera: Gracillariidae), mais abundantes no sul do Brasil. A criação desses parasitóides está 045 sendo realizada, para estudar aspectos biológicos destes organismos. Este trabalho objetivou avaliar o comportamento reprodutivo de fêmeas virgens de C. neotropicus e C. floridensis. Para tanto, foram coletadas em pomares de citros pupas de P. citrella parasitadas. Em laboratório, as pupas foram individualizadas em frascos de vidro mantidos em câmara climatizada (25 ° C, fotofase 12 horas, 60 % U.R.). À medida que emergiam as fêmeas eram individualmente transferidas para placas de Petri, que continham meio AA 2 %, uma folha de citros com uma a duas larvas de 3º instar de P. citrella e uma mistura de mel e pólen. Diariamente, novas larvas de P. citrella eram oferecidas para as fêmeas e as folhas do dia anterior eram observadas, registrando-se o número de ovos postos em cada larva de P. citrella por fêmea. As observações estenderam-se durante todo o período de vida das fêmeas. Registrou-se a oviposição de mais do que um ovo/larva de P. citrella, entretanto, apenas um indivíduo atingiu a fase adulta sugerindo a existência de canibalismo. Os períodos de pré-oviposição variaram entre 1 a 8 dias para C. floridensis e 1 a 2 dias para C. neotropicus e os de pós-oviposição foram de 1 a 3 dias para a primeira espécie e apenas um dia para a segunda. C. neotropicus pôs uma média de 46 ovos/fêmea, enquanto C. floridensis pôs em média 28, 7 ovos/fêmea. Todas as fêmeas geraram apenas indivíduos machos, indicando a presença de partenogênese arrenótoca. Dada a ausência de estudos com esses parasitóides, estes registros constituem-se nos primeiros dados sobre comportamento reprodutivo dos mesmos. (PIBIC). 

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