Benefício subjetivo na adaptação de aparelhos auditivos em adultos e idosos

Abstract

Uma perda auditiva pode ocorrer em diferentes etapas do desenvolvimento. Em adultos e idosos, o impacto na comunicação repercute nas esferas profissional, social e familiar. Uma alternativa de reabilitação é a adaptação de aparelhos auditivos, cujo benefício pode ser avaliado subjetivamente através de protocolos padronizados. Este estudo teve como objetivos descrever, comparar e relacionar o perfil audiológico e o benefício subjetivo obtido por adultos e idosos no início do processo de adaptação de aparelhos auditivos. Foram avaliados 51 participantes entre 18 a 86 anos, sendo 30 do sexo feminino. Entre os participantes, 30 apresentavam mais de 60 anos. Os instrumentos utilizados foram um protocolo de dados sociodemográficos e audiológicos e o protocolo Self-Assessment of Communication (SAC) de autoavaliação da comunicação. Verificou-se que após o uso dos aparelhos, a intensidade do grau da perda auditiva foi diminuída. Não houve diferenças significativas quanto ao gênero, em relação às dificuldades comunicativas autorelatadas. Quanto à idade, algumas questões apontaram um maior número de queixas entre os idosos, o que pode estar relacionado à ocorrência de presbiacusia nestes participantes. Verificou-se a presença de muitas queixas subjetivas de dificuldades de comunicação, provavelmente devido ao pouco tempo de uso dos aparelhos. O estudo traz contribuições à Fonoaudiologia e à Neuropsicologia, pois permite a avaliação ecológica do benefício obtido com aparelhos auditivos. Os instrumentos podem ser aplicados por profissionais de diversas áreas, que atendem esta parcela da população e permitem a realização de estudos mais abrangentes sobre a repercussão das perdas auditivas na idade adulta e no envelhecimento

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