O cérebro é dependente de um fluxo sanguíneo contínuo para suplemento de glicose e oxigênio. A isquemia cerebral resulta na degeneração celular e perda da sua funcionalidade. Culturas organotípicas representam um modelo in vitro que permite estudar o dano cerebral isquêmico. Neste trabalho nós investigamos o efeito neuroprotetor do 17b-estradiol num modelo de isquemia in vitro. Para mimetizar um insulto isquêmico, fatias de cultura organotípica foram expostas à privação de oxigênio e glicose (POG) usando uma câmara anaeróbica desenvolvida em nosso laboratório. A morte celular foi quantificada pela captação de iodeto de propídio. Houve uma diminuição na incorporação de iodeto de propídeo nas fatias submetidas à POG que receberam tratamento agudo e crônico com 17b-estradiol (10 nM) Para examinar um possível mecanismo pelo qual 17b-estradiol previne a morte celular foi avaliado o imunoconteúdo da enzima pGSK-3b por Western Blotting. Esta enzima ativa vias que levam à morte celular e é inibida por fosforilação. O tratamento agudo e crônico com 17b-estradiol aumentou a fosforilação de GSK-3b nas fatias controles e nas submetidas à POG. Esses resultados sugerem que esta é uma possível via pela qual o 17b-estradiol atua como neuroprotetor, visto que a fosforilação de GSK-3b inibe sua ação apoptótica.To examine a possible mechanism by which estradiol prevents cellular death we evaluate the immunocontent of pGSK-3b by western blot analysis. This enzyme has been shown to trigger cellular death. We have found that acute and chronic treatment with 17b-estradiol increased the phosphorylation of GSK-3b in the control and OGD slices. These findings might suggest that this is a possible pathway by which 17b-estradiol acts as neuroprotective agent, once the phosphorylation of GSK-3b inhibits its apoptotic action