Estudo morfológico e das classificaçoes das glomerulonefrites no Lupus eritematoso sistemico em nefrite lúpica subclínica

Abstract

Orientador : José Ederaldo Queiroz TellesDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Biológicas, Programa de Pós-Graduaçao em Ciencias Biológicas (Microbiologia, Parasitologia e Patologia Básica). Defesa: Curitiba, 2005Inclui bibliografiaResumo: O lupus eritematoso sistêmico (LES) é doença autoimune e multissistêmica de apresentação variável. O envolvimento renal clinicamente aparente pelo lupus eritematoso sistêmico (LES) ocorre em 40 a 75% dos pacientes. Entretanto, alterações histológicas renais são observadas em até 90-100% dos pacientes. Define- se como nefrite lúpica subclínica o encontro de anormalidades histológicas renais em pacientes livres de comprometimento clínico-laboratorial. Nesses pacientes, a descrição dos achados anatomopatológicos e a correlação clínico-laboratorial são pobres e inconsistentes. A fim de caracterizar as lesões renais nesse grupo de pacientes, e avaliar o papel da biópsia renal e das técnicas histológicas atualmente disponíveis, foram avaliados 25 indivíduos portadores de LES sem evidências de comprometimento renal clínico ou laboratorial, em acompanhamento no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Observou-se anormalidades histológicas à microscopia óptica em 68% dos casos, à microscopia de imunofluorescência em 88% dos casos e à microscopia eletrônica em 40% dos casos. A maior parte dos pacientes apresentou lesões categorizáveis nas classes II e V da classificação da OMS modificada, nas classes Ib, II e V da classificação da OMS, 1995 e nas classes I, II e V da classificação proposta pela Sociedade Internacional de Nefrologia e Sociedade de Patologia Renal (ISN/RPS), 2003. A combinação das técnicas de microscopia óptica, eletrônica e de imunofluorescência resultou em 100% de sensibilidade e valor preditivo negativo. Contudo, os achados anatomopatológicos isoladamente não são capazes de prever o curso da doença, sendo a indicação de biópsia discutível e devendo ser orientada por estudos funcionais, avaliação laboratorial e acompanhamento clínico cuidadosoAbstract: Systemic lupus erithematosus (SLE) is a multisystem autoimmune disease of variable presentation. Overt renal disease occurs in 40 a 75% of the patients. However renal histological abnormalities may be observed in up to 90-100% of the patients. Subclinical lupus nephritis is defined as the finding of renal histological abnormalities in patients free from clinical and laboratorial evidence of renal involvement. In this group of patients the description of the pathological abnormalities and their correlation with the clinical and laboratorial findings are inconsistent and poor. Twenty five renal biopsies of patients with subclinical lupus nephritis were analised in order to characterize the renal lesions and assess the role of the renal biopsy and the available histological techniques. Light microscopy (LM) revealed abnormalities in 68% of the cases; immunofluorescence microscopy (IF) revealed immunocomplex deposits in 88% of the cases and ultrastructural abnormalities were present in 40% of the cases. Most patients had lesions classifiable as classes II e V of WHO, modified classification scheme, classes Ib, II e V of WHO, 1995 classification scheme and classes I, II e V of the proposed ISN/RPS, 2003 classification scheme. The combination of the findings of LM,EM and IF yielded 100% sensitiviy and negative predictive value. Nevertheless pathological findings cannot isolatedly predict the course of the disease. Thus the indication of biopsy in this group of patients remains questionable and must rely on laboratory and functional studies and on careful follow up

    Similar works