Microalga Schizochytrium sp. como fonte de ácido docosahexaenoico (DHA) : efeitos sobre a digestibilidade, oxidação e palatabilidade da dieta e índices de imunidade e inflamação em cães

Abstract

Orientadora : Prof. Dra. Ananda Portella FélixDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Zootecnia. Defesa : Curitiba, 22/02/2018Inclui referênciasResumo: A microalga Schizochytrium sp. apresenta alta concentração de ácido docosahexaenoico (DHA), sendo uma alternativa aos derivados de peixes na formulação de dietas para cães. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da microalga Schizochytrium sp. como fonte dietética de DHA sobre os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) dos nutrientes e energia metabolizável (EM), variáveis sanguíneas e indicadores de imunidade e inflamação em cães. Além disso, foi avaliado a estabilidade oxidativa e palatabilidade da dieta. Duas dietas contendo 0 e 0,4% de microalga Schizochytrium sp. foram avaliados em 3 experimentos. No experimento I as dietas foram ofertados durante 30 dias, para 12 cães adultos da raça Beagle, distribuídos de modo inteiramente casualizado, para determinar a digestibilidade, características fecais, parâmetros sanguíneos e gengivite. Foram realizadas coletas sanguíneas ao final dos 30 dias de fornecimento das dietas para estabelecer o perfil bioquímico, eritrograma, leucograma, atividade fagocitária e linfócitos supressores (CD4). O escore e área de gengivite dos cães foram analisados nos dias 0 e 30. No experimento II foi realizado a palatabilidade em que a dieta contendo 0 vs 0,4% de microalga Schizochytrium sp. foram comparados utilizando 16 cães adultos. No experimento III, a estabilidade oxidativa das dietas contendo 0,8% de microalga vs 0,4% óleo de anchova foi avaliada. Observou-se um aumento nos CDA dos nutrientes (exceto do extrato etéreo) e da energia metabolizável (EM) da dieta com a inclusão da microalga. Não foi constatado efeito sobre as características fecais (P<0,05). Não foi observado alteração (P<0,05) no perfil bioquímico, eritrograma, leucograma e linfócitos CD4 supressores sanguíneos. No entanto, a quantidade de monócitos e granulócitos fagocíticos foi maior (P<0,05) em cães alimentados com 0,4% de microalga. Houve maior razão de ingestão da dieta contendo microalga (P<0,05). A amostra contendo microalga apresentou maior estabilidade oxidativa em comparação à com óleo de anchova. Desta forma, a adição de 0,4% de microalga Schizochytium sp. na dieta aumenta a digestibilidade dos nutrientes e a EM. Além disso, aumenta as células fagocitárias, reduz a área de gengivite, apresenta alta palatabilidade e demonstra estabilidade oxidativa superior ao óleo de anchova. Palavras-chaves: ômega 3, lipídeos, sistema imune, palatabilidade.Abstract: The microalgae Schizochytrium sp. has a high concentration of docosahexaenoic acid (DHA), being an alternative to fish derivatives in the formulation of diets for dogs. The objective of this study were to evaluate the effects of the microalgae Schizochytrium sp. as a dietary source of DHA on apparent digestibility coefficients (ADC) of nutrients and metabolizable energy (ME), and dog blood variables and indicators of immunity and inflammation. We also evaluated diet palatability and oxidative stability. Two diets containing 0 and 0.4% of microalga Schizochytrium sp. were evaluated in 3 experiments. In the experiment I, the diets were offered during 30 days, to 12 adult beagle dogs, distributed in a completely randomized manner, to determine the digestibility, fecal characteristics, blood parameters and gingivitis. Blood samples were collected at the end of the 30 days of diet to establish the biochemical profile, erythrogram, leukogram, phagocytic activity and suppressor lymphocytes (CD4). The scoring and gingivitis area of the dogs were analyzed on days 0 and 30. In experiment II palatability was performed in which the diet containing 0 vs 0.4% of microalga Schizochytrium sp. were compared using 16 adult dogs. In experiment III, the oxidative stability of the diets containing 0.8% of microalgae versus 0.4% of anchovy oil was evaluated. There was an increase in the ADC of the nutrients (except the ethereal extract) and the metabolizable energy (ME) of the diet with the inclusion of the microalgae. There was no effect on fecal characteristics (P<0.05). No change (P<0.05) was observed in the biochemical profile, erythrogram, leukogram and CD4 suppressor blood lymphocytes. However, the amount of monocytes and phagocytic granulocytes was higher (P<0.05) in dogs fed with 0.4% of microalgae. There was a higher intake ratio of the diet containing microalga (P<0.05). The microalgae sample showed higher oxidative stability compared to anchovy oil. Thus, the addition of 0.4% of microalgae Schizochytium sp. in the diet increases nutrient digestibility and MS. In addition, it increases phagocytic cells, reduces the area of gingivitis, presents high palatability and demonstrates oxidative stability superior to anchovy oil. Key words: omega 3, lipids, immune system, palatability

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