Influência da água residuária da suinocultura sobre a acidez no óleo do pinhão manso

Abstract

Orientador: Elisandro Pires frigoMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina, Curso de Graduação em Tecnologia em BiocombustíveisInclui referênciasResumo : A utilização de água residuária da suinocultura (ARS) para irrigação mostra-se como uma alternativa à problemática da escassez dos recursos hídricos e ao destino inadequado de dejetos que causam grandes problemas ambientais; além de fornecerem nutrientes às plantas reduzindo custos com fertilizantes. A cultura do pinhão manso vem despontando como uma alternativa para produção de biodiesel, por ser uma oleaginosa não utilizada para alimentação humana devido à alta toxidade. Outra vantagem que se destaca é sua alta adaptabilidade em diferentes condições edafoclimáticas. No entanto, são necessários estudos que determinem a quantidade máxima de ARS que possam ser utilizadas sem que contaminem o solo e águas subterrâneas, e ainda como objetivo deste trabalho análises da influência da ARS nas características da planta, mais especificamente na qualidade do óleo que foi extraído de suas sementes. O experimento contou com uma área de plantio de pinhão manso de 900 m², da qual foram utilizados 216 m² para condução do experimento, divididos em dezoito parcelas, estas receberam seis tratamentos com diferentes proporções de ARS com três repetições cada, as aplicações foram realizadas em triplicata com intervalo de três meses entre cada aplicação. A colheita das sementes foi feita manualmente durante todo o período produtivo da planta, o óleo foi extraído com solvente (etanol), justificado pelo fato de ser mais barato, menos tóxico e menos nocivo ao meio ambiente, quando comparado a outros solventes orgânicos, como o hexano. A acidez foi determinada pelo processo de titulação com hidróxido de sódio (NaOH) onde observou-se uma redução inversamente proporcional do índice de acidez expresso em mg KOH.g -1 óleo quanto maior quantidade de ARS aplicada. As análises por cromatografia gasosa mostraram que os maiores tratamentos favoreceram um acréscimo na produção do ácido oleico (C18:1) proporcional a soma da redução na produção dos ácidos linolênico (C18:2) e ácido esteárico (C18). A redução da porcentagem de ácido linolênico pode ser responsável pela redução da acidez, conferindo ao óleo, maior estabilidade à oxidação e consequentemente, menor quantidade de ácidos graxos livre

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