A gestão pública municipal no desenvolvimento do turismo nas áreas legalmente protegidas de Joinville (SC)

Abstract

Resumo: A intensa exploração dos recursos naturais e o aumento freqüente do número de visitantes em áreas naturais têm despertado discussões quanto à dinâmica de gestão e uso destes espaços. O presente estudo tem por objetivo analisar a gestão pública municipal para o desenvolvimento do turismo nas áreas legalmente protegidas de Joinville, localizado na região norte do Estado de Santa Catarina. A análise teórica foi realizada com base nos estudos sobre o uso e gestão dos espaços turísticos, a política ambiental adotada no Brasil, o planejamento das cidades direcionado para a valorização das áreas verdes, a conceituação do território sobre a ótica das áreas legalmente protegidas, bem como do turismo nas áreas naturais. O estudo fenomenológico recai sobre a compreensão dos diversos significados que cercam a complexidade da gestão e do desenvolvimento do turismo nas áreas legalmente protegidas. A que estão principal consiste em saber como funciona a conservação dos ambientes naturais e a dedicação política e social para com a comunidade, analisada, tanto do ponto de vista dos órgãos públicos gestores do meio ambiente e do turismo, como dos setores representativos nos conselhos municipais de ambas as áreas. Para a caracterização das áreas legalmente protegidas, utilizou-se como métodos o estudo exploratório, que permitiu a realização de uma análise documental, bem como a realização da observação participante na gestão pública municipal do meio ambiente e do turismo, e diretamente nas áreas legalmente protegidas e suas comunidades. Para melhor organização das informações de cada área, buscou-se sintetizar através de fichas com a caracterização e descrição geral, assim como, uma análise parcial destas áreas. Também foi realizada a coleta de dados através de questionário quantiqualitativo aplicado aos 43 conselheiros do Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Conselho Municipal de Turismo. O diagnóstico realizado a partir dos elementos que constituem a caracterização de cada área e da coleta de dados permitiu reunir, através da análise DAFO, os pontos críticos, justificados pelas debilidades e ameaças, assim como, ações possíveis conforme as fortalezas e oportunidades. Perceberam-se inúmeras debilidades e ameaças geradas pelo incipiente processo de gestão e falta de participação e mobilização das comunidades locais para uma gestão participativa, as quais têm comprometido os objetivos fundamentais de conservação e preservação. No entanto, as ferramentas de planejamento e gestão, assim como as características de relevantes fragmentos naturais e sócio-culturais identificadas como fortalezas, convergem para as portunidades as quais remetem a possibilidade de ações focadas para o planejamento participativo e o desenvolvimento do turismo nas áreas legalmente protegidas

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