As origens do novo conservadorismo estadunidense em um sistema federativo: Barry Goldwater e a tentativa de coalizão entre tradicionalistas e libertários

Abstract

A tradição do novo conservadorismo nos EUA foi determinante para a ampliação do debate político durante as últimas décadas, uma vez que, a partir da década de 1950 inseriu e fomentou uma série de ideias que, até então, pareciam excluídas e marginalizadas da discussão política devido ao grande sucesso eleitoral do modelo liberal creditado ao Partido Democrata. Para aprofundar esse debate, o artigo discute a importância da campanha eleitoral de Barry Goldwater, em 1964, e sua relação com a consolidação do movimento conservador no país, compreendendo como a partir dela amarrou-se uma aliança entre variadas correntes que compunham o espectro conservador, o que possibilitou ao Partido Republicano disputar novamente as eleições em um patamar de igualdade com o partido rival. Para realizar essa análise, em um primeiro momento, partimos de uma abordagem sobre o sistema federalista, com o intuito de compreender alguns de seus princípios básicos e sua influência na formação dos EUA como nação. Esse debate serve como base para uma releitura melhor contextualizada em torno de temas presentes na campanha de 1964, principalmente, no que se refere as propostas em torno do papel do Estado e relacionadas ao discurso em defesa dos interesses dos estados e da defesa da Constituição recorrentes no pleito eleitoral estadunidense. Junto a isso, aprofundamos a análise sobre as correntes que compunham o conservadorismo no país, demonstrando como elas, embora fossem muitas vezes antagônicas, se acomodaram em um projeto político conservador

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