As atividades de recreação e lazer podem apresentar um alto teor educativo, sendo coadjuvantes importantes no processo educacional, entretanto, torna-se necessária a atuação de um profissional competente, o qual possa estar consciente de suas funções e ações, inclusive, quando lida em ambiente não-formal de educação, como é o caso dos acampamentos, vivenciados nos momentos destinados ao lazer. Este estudo de natureza qualitativa teve por objetivo investigar, na visão dos próprios profissionais da recreação atuantes em acampamentos educacionais, como eles percebem seu papel como educador e como contribuem na formação sociocultural dos acampantes. O trabalho desenvolveuse em duas etapas, a primeira com uma revisão de literatura acerca do tema e a segunda com uma pesquisa exploratória, utilizando-se como instrumento um questionário contendo perguntas abertas e fechadas. A amostra foi composta por 27 participantes, de ambos os sexos, com idade média de 22 anos e 6 meses, de diferentes níveis socioeconômicos e com envolvimento na atividade há mais de um ano. Os dados coletados foram analisados descritivamente, utilizando-se a técnica de Análise de Conteúdo e indicam que todos os sujeitos do estudo, acreditam contribuir efetivamente para mudanças positivas de conduta dos acampantes e em sua formação sociocultural. Esses profissionais são, portanto, conscientes de sua função educativa, entretanto, apontaram a necessidade de se envolverem com este propósito, buscando as melhores estratégias para o fim educacional, sem perder as peculiaridades do ambiente lúdico. A partir disto, conclui-se que experiências significativas no âmbito do lazer, como as dos acampamentos educacionais, são capazes de contribuir em aspectos educacionais e socioculturais, por meio da atuação de um recreador competent