Análise morfológica e de resistência à flexão da interface ponta ativa/haste metálica em fresas carbide após o uso de esterilização

Abstract

Na prática odontológica os rigores de controle de infecção exigem do cirurgião-dentista procedimentos de esterilização e desinfecção sobre seus instrumentos para prevenir a infecção cruzada, porém, esses procedimentos podem levar à oxidação e, portanto, determinar o aparecimento de corrosão nos instrumentos rotatórios cortantes. Considerando as questões que têm sido levantadas sobre o efeito dos vários métodos de esterilização sobre a eficiência de corte e resistência dos instrumentos dentais, este trabalho teve como objetivo avaliar possíveis alterações morfológicas e também alterações na resistência de união ocorridas entre a ponta ativa/ haste metálica em fresas carbide causadas pelo uso e procedimentos de esterilização. Para tanto foram utilizadas 130 fresas carbide que foram divididas em grupos de acordo com o tratamento aplicado: controle, autoclave, estufa, microondas e glutaraldeído. Depois de completado o teste experimental proposto, todos os grupos foram submetidos ao teste de resistência à flexão. Foi realizada também análise morfológica (qualitativa) das fresas por fotomicrografias capturadas por meio de uma lupa estereoscópica LEICA com o software. Os dados foram devidamente anotados e submetidos à análise estatística com testes de Kruskal-Wallis e Dunn. Os resultados, tanto da avaliação morfológica quanto da resistência à flexão, mostraram que somente o grupo do glutaraldeído se comportou de maneira diferente do grupo controle, havendo diferença estatística significante entre esses dois grupos. E, os demais grupos foram estatisticamente semelhante ao grupo controle. Pode-se concluir que nenhum método físico de esterilização estudado (autoclave, estufa e microondas) influenciou negativamente as características morfológicas e a resistência de união da interface ponta ativa/haste metálica...Such as in all professions related to health, in dentistry there are necessary procedures which limit or obstruct disease propagation through clinical practice. Among such procedures is the sterilization of rotary instruments to prevent the risk of cross-infection. Each day in clinical practice, physical and chemical methods of sterilization can corrode appearance. The presence of corrosion on rotary cutting instruments makes them unusable. Concerning questions that have been raised on effect of some sterilization methods on the cutting efficiency and dental instruments resistance, this paper aimed to evaluate the influence of cutting time, sterilization methods and the amount of sterilization cycles in morphologic alterations and fracture resistance between the cutting head/ steel shank of carbide burs. An in vitro study was carried out in which one hundred-thirty tungsten-carbide burs were divided into five groups in accordance with sterilization method: control; autoclave; dry heat; microwave and glutaraldehyde. Glass plates were cut for 2.5 minutes by each bur attached to a high-speed handpiece with an intermittent load of 0.68N. After cutting time, burs were cleaned, dried, and submitted to a sterilization method corresponding to each group. Each cutting time or sterilization cycles, the visual accompaniment of the burs and photographed under a stereomicroscope. All groups were submitted to the flexure strength test at the end of a stipulated time in the mechanical rehearsals machine, MTS. Results obtained were submitted to the Kruskal-Wallis test and Dunn, which showed that only the group of glutaraldeído had difference significant statistics of the control group and the another groups (autoclave, dry heat and microwave) had been statistical similar to the control group, in both the morphologic evaluation and the fracture resistance. It may be... (Complete abstract, click electronic access below)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES

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