Processo de cicatrização óssea em defeitos cirúrgicos de tamanho crítico tratados com partículas de vidro bioativo associadas ou não à barreira de sulfato de cálcio: estudo histológico e histométrico em calvárias de rato

Abstract

O propósito deste estudo foi avaliar, histologicamente, a cicatrização óssea em defeitos de tamanho crítico (DTC), na calvária de ratos, tratados com: a) partículas de vidro bioativo (VB) (Biogran®); b) partículas de VB/barreira de sulfato de cálcio (SC) (Calcigen™). Um DTC de 5 mm de diâmetro foi realizado na calvária de 48 ratos, divididos em 3 grupos: a) C (Controle): defeito preenchido com coágulo sangüíneo; b) VB: defeito preenchido com VB; c) VB/SC: defeito preenchido com VB, com barreira de SC. Cada grupo foi subdividido para eutanásia em 4 ou 12 semanas pós-operatórias (n=8). Foram realizadas análises histológica e histométrica. A quantidade de osso neoformado foi calculada como uma porcentagem da área total do defeito. Esses valores foram transformados em arcoseno para a análise estatística (ANOVA, Tukey, p<0,05). Nenhum defeito regenerou completamente com tecido ósseo. Partículas de VB foram observadas nos Grupos VB e VB/SC em ambos os períodos de análise. A espessura da área do defeito foi similar à da calvária original nos Grupos VB e VB/SC, enquanto o Grupo C apresentou um tecido conjuntivo fino na área central do defeito em ambos os tempos de observação. Após 4 semanas, os Grupos C (22,04%±5,42) e VB/SC (19,17%±11,61) apresentaram significativamente mais neoformação óssea que o Grupo VB (9,21%±3,81). Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os Grupos C e VB/SC. Após 12 semanas, o Grupo VB/SC (30,40%±14,28) apresentou mais formação óssea que os Grupos C (26,88%±11,83) e VB (21,02%±9,76). Contudo, as diferenças não foram significativas. Comparando-se os resultados de 4 e 12 semanas, observou-se um aumento significativo na neoformação óssea nos Grupos VB e VB/SC, mas não no Grupo C. As partículas de VB podem ser usadas, associadas ou não à barreira de SC, para tratar DTC, visando impedir o colapso da área cirúrgica.The purpose of this study was to histologically analyze the influence of the following materials on bone healing in surgically created critical-size-defects (CSD) in rat calvaria: a) Bioactive glass (BG) particles (Biogran®); b) BG/calcium sulfate (CS) barrier (Calcigen™). A 5 mm diameter CSD was made in each calvarium of 48 rats. They were divided into 3 groups: a) C (control): defect filled by blood clot only; b) BG: defect filled with bioactive glass; c) BG/CS: defect filled with BG covered by a CS barrier. Groups were divided into subgroups and euthanized at either 4 or 12 weeks (n=8). Histometric, using image analysis software, and histologic analyses were performed. Amount of new bone was calculated as percentage of total area of original defect. Percentage data were transformed into arccosine for statistical analysis (ANOVA, Tukey, p<0.05). No defect completely regenerated with bone. BG particles were observed in Groups BG and BG/CS at both periods of analysis. Thickness throughout entire healing area in Groups BG and BG/CS was similar to that of original calvarium, while Group C presented a thin connective tissue in the central area of the defect at both periods of analysis. At 4 weeks, Groups C (22.04%±5.42) and BG/CS (19.17%±11.61) presented significantly more bone formation than Group BG (9.21%±3.81). No significant differences were found between Groups C and BG/CS. At 12 weeks, Group BG/CS (30.40%±14.28) presented more bone formation than Groups C (26.88%±11.83) and BG (21.02%±9.76). However, the differences were not significant among the 3 groups. When comparing 4 and 12 weeks, there was a significant increase in new bone formation within groups BG and BG/CS, but not C. BG particles used with or without a CS barrier can be used to treat CSD in order to avoid collapse of the area

    Similar works

    Full text

    thumbnail-image

    Available Versions