Neste trabalho é apresentado um estudo das relações existentes entre a ocorrência de depósitos sedimentares nos arredores de Jundiaí (SP) e o papel das falhas e fraturas na sua formação, deformação e preservação, objetivando a investigação de alguns eventos sucedidos na evolução cenozóica da região. Os métodos utilizados envolvem a extração de informações de bases cartográfkas, de fotografias aéreas e imagem de satélite; a obtenção de informações litoestratigrâficas para interpretações paleoambientais e a coleta de dados estruturais para o estudo do controle estrutural sobre os depósitos sedimentares, sobre a morfologia do terreno e para o cálculo de tensores. O embasamento pré-cambriano é composto basicamente por gnaisses com grau variável de migmatização e intercalações de quartzitos, xistos, anfibolitos, gonditos e metaultrabasitos incluídos no Complexo Amparo ou Itapira e, de forma mais restrita, filitos pertencentes ao Grupo São Roque. Intrusões granitóides são bastante comuns na regiao, predominando, na área, o Complexo Grauitóide Itu. Recobrindo o embasamento, aparecem depósitos paleozóicos correlacionados com o Grupo ttarai-é, constituídos por diamictitos, folhelhos, ritmitos, argilitos e siltitos. Estas rochas fonnam corpos isolados, embutidos no embasamento cristalino por falhas normais. Depósitos terciários, compostos por diamictitos, conglomerados, arenitos e argilitos também ocorrem sob a forma de corpos isolados, preservados pela presença de niveis conglomeráticos basais, mais resistentes à erosão, ou devido a falhamentos que ocasionaram abatimento e basculamento de blocos. São definidas nove fácies sedimentares formando associações que sugerem a existência de um antigo sistema de leques aluviais, sob clima semi-árido, cem área fonte na Sena do Japi..