Este artigo busca discutir as possibilidades e limitações de se utilizar para a análise das sociedades industriais modernas o conceito de classe advindo das determinações econômicas do marxismo. Com a aumento da complexidade destas sociedades e de suas formas de produzir, com a predominância de novos setores como o de serviços no processo de reprodução do capital, como dar conta e criar um conceito que integre todos os excluídos e incluídos no sistema capitalista de trabalho e que dê conta das novas possibilidades de constituição de uma consciência política comum. Tendo por referência a discussão alemã contemporânea sobre a questão, busca–se entender que as tendências da reorganização sistêmica da produção em empresas modernas, provocam, na sua forma inovadora, uma mudança no status do trabalhador na fábrica e na sua consciência tradicional.This article aims the discussion of the possibilities and limitations in the use of the class concept from Marxism's economic determinations in the analysis of modern industrial societies. Due to the increase in the complexity of theses societies and their production forms, and the predominance of new sectors such as services in the process of capital reproduction, is it possible to create and manage a concept that integrates both excluded and included in the capitalist work system; a concept that involves the new possibilities constituting a common political conscience? Referring to the contemporary German discussion on the subject, this article understands that the systemic reorganization tendencies of production in modern enterprises generate, in their innovative form, a change in the worker status in the factory and in his traditional conscience