Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Abstract
Introdução: Em 2010 aAssociação Americana de Diabete confirmou o uso da hemoglobina glicada (A1c) como exame diagnóstico de diabetes mellitus, com valores ≥ 6,5%. A A1c como alternativa para o diagnostico de pré-diabete com limiar entre 6 a 6,4%. Para avaliar a prevalência de pré e diabete, entre assintomáticos, usou-se a A1c e sua correlação com fatores de risco.
Métodos: estudo transversal de base populacional, com inclusão entre agosto/2012 e julho/2013. Os participantes residem no município de Xangri-Lá e têm entre 30 e 69 anos. As variáveis são: A1c, índice de massa corporal (IMC), idade, história familiar de diabete e escolaridade. Coletou-se sangue, não exigindo jejum, para dosagem da A1c utilizando-se a avaliação por cromatografia líquida de alta performance, de troca iônica: Variant II Turbo – BioRad..
Resultados: incluímos 328 indivíduos e 31 têm A1c ≥ 6,0%, resultando em um prevalência de 9,5% . Os fatores de risco para A1c ≥ 6% foram obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²), p=0,001; idade ≥ 50 anos, p=0,04; presença de historia familiar de diabete, p=0,01 e até 5 anos de estudo, p=0,02.
Conclusão: Demonstramos que a obesidade, na faixa etária do estudo, a idade a partir de 50 anos e a baixa escolaridade, foram associadas com A1c ≥ 6,0% e compatível com indivíduos com pré-DM e DM assintomáticos, no município de Xangri-lá