Análise dos registros médicos em prontuários de pacientes com dor crônica atendidos em UBS: diagnóstico e abordagem terapêutica

Abstract

Introdução: A dor crônica caracterizada por duração superior há 3 meses, afeta 1 a cada 5 adultos no Brasil e é uma das principais queixas para o encaminhamento para o serviço especializado. Entre as causas de dor crônica, se destacam as doenças reumáticas, os distúrbios posturais, a lombalgia e a cefaléia. A maior parte dos pacientes é atendida nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e quando necessário encaminhadas aos serviços de especialidade. Seu tratamento requer uma abordagem ampla, incluindo-se medidas medicamentosas e medicamentos analgésicos e anti-inflamatórias. Objetivo: verificar através das fichas de encaminhamento para a reumatologia e seus respectivos prontuários os principais diagnósticos e medidas terapêuticas usadas para pacientes com dores musculoesqueléticas crônicas. Material e Métodos: Serão revistos todos os prontuários do Centro de Saúde Escola de Sorocaba (CSE) e localizados aqueles de pacientes onde há registro de dor musculoesquelética. Serão anotados os dados demográficos, profissionais e de escolaridade dos pacientes. Serão registrados a duração da dor, a região da dor e os diagnósticos realizados. Serão também apurados os tratamentos prescritos. Registrar-se-á também a data de cada consulta de evolução onde a queixa de dor for citada e o tempo de atendimento nessa UBS. Resultados: Foram analisados 63 prontuários e notamos uma discrepância muito grande entre homens (8) e mulheres(55) encaminhadas para o especialista reumatologista. Além disso, foi possível observar quais doenças foram utilizadas como diagnóstico clínico para o encaminhamento -Artrite reumatoide (29%), Osteoartrite(18%), Fibromialgia (18%), Osteoporose (26%), Diagnósticos não compreendidos (9%). Conclusão:Com esse estudo, foi possível traçar a qualidade e os motivos dos encaminhamentos de um posto de saúde para o serviço especializado de Reumatologia, com base nas queixas de dor. Infelizmente, uma complicação bem evidente foi a falta de informação e a ilegibilidade da escrita. Muitos diagnósticos ficaram impossíveis de se ler e outros com poucas informações. Com base nisso, o tratamento e o diagnóstico apropriados são dificultados de se obter. Além de que, muitos tratamentos poderiam ser feitos na atenção básica, o que facilitaria e diminuiria o custo para o governo

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