Militarização de agentes penitenciários no Brasil : segurança pública e processos de subjetivação

Abstract

O trabalho do agente penitenciário (AP) é uma realidade problemática, porém pouco pesquisada. Nesse sentido, esta pesquisa teve por objetivo cartografar os processos de subjetivação presentes no trabalho dos AP de um presídio do Rio Grande do Norte, Brasil. A partir da perspectiva da cartografia, foi feito o acompanhamento da rotina de trabalho das equipes de AP do referido presídio durante cinco meses, totalizando 160 horas de observação. Além disso, foram realizadas entrevistas com agentes penitenciários e funcionários responsáveis pela gestão do sistema prisional pesquisado. Os resultados apontam para um modelo de gestão militarizado do sistema prisional, disparando um processo de militarização das subjetividades desses trabalhadores, produzindo sujeitos enrijecidos, insensíveis e dispostos a práticas violentas e a violar direitos.The work of the penitentiary is a problematic but little-researched reality. However, little is known about their daily lives and ways of subjectivity that cross them. In this sense, this research aimed to map the processes of subjectivity present in the work of correctional officers from a prison in Rio Grande do Norte, Brazil. From the perspective of the cartography, monitoring the work routine of correctional officers teams of that prison was made for five months, totaling 160 hours of observation. Plus interviews with prison officials and officials responsible for managing the prison system were conducted. The results point to a militarized management model of the prison system triggering a process of militarization of the subjectivities of these workers, producing subjects who are stiff, numb, and willing to use violent practices and to violate rights

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