Este trabalho trata do comportamento e do desempenho das exportações de madeiras serradas tropicais no que diz respeito a estrutura e competitividade, bem como dos custos sociais impostos a nação pela redução e perda da base florestal, no período de 1972 a 1994. O desenvolvimento de modelos simultâneos de oferta e demanda de exportação foi utilizado para estruturar e explicar o comportamento, no Brasil, das exportações de madeiras serradas tropicais. A competitividade e 0 desempenho dessas exportações foram estimados a partir do modelo Constant A4arket Share, para o período de 1988 a 1994, bem como calculados os indicadores taxa real de cambio e rentabilidade para melhor explicar o desempenho das exportações das madeiras tropicais brasileiras. Para medir os custos sociais das exportações, utilizou-se o conceito econômico de Marshall. Os ajustes dos modelos pelo método dos Mínimos Quadrados de Três Estágios produziram parâmetros consistentes e assintóticos, e os testes de diagnósticos rejeitaram a hipótese de ma especificação dos modelos e outros fatores que poderiam comprometer as estimativas dos referidos parâmetros. No período de 1972 a 1994, as elasticidades da oferta e da demanda apresentaram baixa sensibilidade as variações de preço, enquanto a elasticidade-preço cruzada da demanda foi significativa e positiva, indicando a substituição das madeiras serradas de coníferas pelas folhosas brasileiras no mercado internacional. Quanto ao crescimento das exportações brasileiras, no período 1988-94, 30,5% podem ser atribuídos ao efeito competitividade. O custo social estimado foi da ordem de 118,59 milhões de dólares em 1993, recaindo, em media, 63% destes custos sobre os consumidores, no período de 1972-94. Portanto, todos perdem com os danos causados a base florestal e ao ecossistema da floresta tropica