Avaliar o crescimento muscular relacionado à densidade populacional e e ao manejo da debicagem em codornas de corte.A criação comercial de codornas de corte (Coturnix sp.), visa oferecer uma alternativa complementar à produção de frangos, bovinos, suínos e ovinos, demonstrado grande aceitação do mercado consumidor. Esta atividade pecuária apresenta crescimento em todas as regiões do Brasil. Trata-se de uma espécie rústica, de alta conversão alimentar, exigindo pouco espaço por ave o que a torna uma atividade econômica interessante. Visando o bem-estar dos animais, buscou-se conhecer, pelo dimensionamento das áreas das fibras musculares, os efeitos de debicagem e densidades populacionais (150, 250 e 350 cm2/ave) a melhor idade de abate (35, 42, 49 e 56 dias) em 536 machos de codorna de linhagem italiana para corte. Foi utilizada uma técnica de dimensionamento microscópico (Image Tool® 3.0 for Windows) para dimensionar a área das fibras dos músculos peitoral e gastrocnêmio preparadas histologicamente. Foram analisadas a área média das fibras musculares e o peso vivo no momento do abate. Os efeitos de densidade populacional, manejo e interação entre ambos foram submetidos à análise de variância para delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 2 com quatro repetições em cada uma das quatro idades de abate. Os contrastes de médias foram realizados pelo teste de Tukey. As áreas das fibras do músculo peitoral das codornas debicadas abatidas aos 35 dias foram maiores que as das aves não debicadas, efeito não notado no músculo gastrocnêmio. Não houve efeito de tratamento nas outras idades de abate. Concluiu-se que a debicagem pode ser adotada como técnica de manejo para codornas e que estas aves podem ser criadas em densidade de 150 cm2/ave sem influenciar as áreas das fibras dos músculos estudados. Os pesos vivos foram menores aos 35 dias de idade e sem diferenças a partir dos 42 dias. Nas condições experimentais avaliadas considerou-se 42 dias a melhor idade para o abate das codornas, o que ratifica o atual manejo