Influência da família e do tamanho da semente de Pinus taeda L. nas propriedades tecnológicas do lote de sementes, performance da muda em viveiro e em campo

Abstract

Pouca atenção tem sido dada à variação existente entre matrizes de áreas produtoras de sementes de Pinus taeda com relação ao tamanho das sementes produzidas e as implicações destas diferenças nas propriedades tecnológicas do lote de sementes e performances em viveiro e campo. Com esse objetivo, este trabalho comparou clones de um pomar clonal de sementes (PCS) e matrizes de uma área de produção de sementes (APS) em termos de produção de sementes e cones, tamanhos de sementes e propriedades tecnológicas do lote de sementes produzido. Em um lote de sementes composto por diferentes famílias, avaliou-se o efeito da classificação de sementes por tamanho nas propriedades tecnológicas e no valor genético do lote. Avaliou-se ainda o efeito da família e do tamanho da semente na performance em viveiro e na sobrevivência e crescimento inicial em campo. Rametes do PCS produziram maior quantidade de cones e sementes que matrizes da APS nos dois anos, porém essa vantagem foi significativa em apenas um dos dois anos avaliados. As sementes produzidas no PCS foram maiores que as produzidas na APS. A porcentagem média de germinação foi maior para as sementes oriundas da APS e o número de sementes por quilo foi maior no lote do PCS. Existiram diferenças significativas entre matrizes e clones na quantidade de sementes produzida, número de sementes por quilo, índice de velocidade de germinação (IVG) e porcentagem de germinação. Em viveiro não foi detectada diferença na velocidade de emergência (IVE) e porcentagem de emergência de sementes de diferentes tamanhos, mas sim de diferentes famílias. Após seis meses em viveiro detectou-se diferença significativa na altura e diâmetro de colo de mudas originadas de diferentes tamanhos de sementes e de diferentes famílias, com ou sem adubação. Sementes maiores apresentaram vantagens sobre sementes menores, porém apesar de significativas essas diferenças foram mínimas. A biomassa seca não foi influenciada pelo tamanho da semente. Em campo, nove meses após o plantio, existiram diferenças significativas na sobrevivência e crescimento de diferentes famílias; mudas originadas de diferentes tamanhos de sementes apresentaram desenvolvimento semelhante. Uma vez que o tamanho da semente apesar de influenciar nas propriedades tecnológicas do lote não interfere no desenvolvimento em viveiro e em campo, recomenda-se a semeadura em viveiro por família para maior homogeneidade de crescimento, bem como o agrupamento de famílias de desenvolvimento semelhante na ocasião do plantio, sem a preocupação com o tamanho de semente de orige

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