Estresse em equinos submetidos ao transporte rodoviário

Abstract

Resumo: Com o objetivo de avaliar o nível de estresse em equinos submetidos a transporte rodoviário realizou-se a avaliação de parâmetros hematológicos, bioquímicos, hemogasométricos e concentração de cortisol sérico. Cinco equinos foram transportados por 216km e 3,5 horas e houve coleta de sangue 24h antes do embarque, no momento zero (M0), na metade do transporte, onde ocorreu desembarque (M1), no desembarque definitivo (M2), uma (M3), duas (M4), quatro (M5), oito (M6), 12 (M7) e 24 horas (M8) após o desembarque para contagem de hemácias (He), hematócrito (Ht), hemoglobina (Hb) concentração de proteína plasmática total (PPT), glicemia, contagem e diferencial de leucócitos (Leu), cálculo da relação neutrófilo:linfócito (neu:lin), mensuração de creatinaquinase (CK), aspartatoaminotransferase (AST), lactato desidrogenase (LDH), de cortisolemia, pressão parcial de oxigênio (PvO2), pressão parcial de dióxido de carbono (PvCO2), pH e bicarbonato (HCO3). Houve aumento do cortisol em M3 e M7, provavelmente por excitação. Ocorreu elevação de He, Ht e Hb com destaque para M3, possivelmente por contração esplênica e leve desidratação. Em M2 e M3 destacaram-se leucocitose por neutrofilia, aumento da relação neu:lin e eosinopenia após o transporte. Em M2 e M3 ocorreu hiperglicemia. Diminuição da CK ocorreu durante todo o estudo, AST apresentou elevação transitória em M3 e LDH apresentou aumento transitório em M4 possivelmente devido a alimentação anterior. A avaliação hemogasométrica evidenciou acidose metabólica após transporte. Conclui-se que o transporte por 216km e 3,5h atua como fator estressor transitório para equinos

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